Maia tenta rachar o Centrão em busca de apoio para se reeleger
DISPUTA NA CÂMARA O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta atrair o adesão de partidos que compõem o chamado Centrão, grupo de 13 legendas liderado por PP, PSD e PTB, em busca de apoio a uma eventual reeleição no comando da Casa, cuja disputa será em fevereiro de 2017. O objetivo é rachar o bloco e inviabilizar uma candidatura do grupo, abrindo caminho para que ele seja o único nome da base aliada na corrida pela presidência da Câmara. A ofensiva tem foco no PP, PR e PSD, que possuem a terceira, quarta e quinta maiores bancadas da Casa, respectivamente, e ocupam ministérios importantes no governo Michel Temer. Ontem, Maia almoçou com o líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), e com o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, que também é filiado ao partido. Na bancada pepista, o democrata já contabiliza o apoio de 17 deputados. Maia também se encontrou ontem com deputados dos mais variados partidos, inclusive da oposição, em sua residência oficial e deverá jantar com os ministros Maurício Quintella (Transportes), do PR, e Fernando Filho (Minas e Energia), do PSB, partido considerado aliado de Maia. No caso do PR, a adesão é considerada mais fácil, já que a sigla traiu o Centrão e apoiou Maia no segundo turno da eleição na Câmara. O democrata também já conversou com o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD, que garantiu apoio a ele se o PSD não lançar candidato.