Temer nega irregularidade em cheque para campanha de 2014
CASSAÇÃO DE CHAPA O presidente Michel Temer disse, por meio do porta-voz Alexandre Parola, que não houve irregularidades no recebimento de cheque de R$ 1 milhão em seu nome durante a campanha para vice-presidência em 2014. “Trata-se de um cheque nominal ao PMDB repassado à campanha do então vice-presidente, datado de 10 de junho de 2014. Reitera-se que não houve qualquer irregularidade na campanha do então vice presidente Michel Temer”, disse. Após a fala do porta-voz, a assessoria do Planalto entregou aos jornalistas uma cópia do documento. O cheque da construtora Andrade Gutierrez diverge da versão do ex-presidente da empreiteira e delator Otávio Azevedo, apresentada em setembro deste ano, durante depoimento no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. Na ocasião, o delator afirmou que a empreiteira doou, em março daquele ano, R$ 1 milhão ao diretório nacional do PT e que esse valor teria sido pago como parte de um acerto de propina de 1% dos contratos da empreiteira com o governo federal. A quantia, na versão de Otávio, teria sido repassada do diretório petista para a campanha da chapa Dilma-Temer em 14 de julho. O cheque e os registros da prestação de contas, contudo, mostram que o repasse feito em julho foi, na verdade, para o diretório nacional do
PMDB, em nome de Temer, e que, posteriormente, houve repasse para a campanha da chapa. Na ação, a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que apresentou o cheque ao TSE, acusa o delator de prestar falso depoimento à Justiça Eleitoral e pede ao Ministério Público que apure o caso. Sobre a contratação de uma gráfica cujo proprietário é cliente do escritório de advocacia do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, por quase R$ 2 milhões na campanha de 2014, conforme revelou o portal UOL, o porta-voz de Temer disse que Padilha já informou que não houve irregularidade na contratação da empresa e que as contas foram apresentadas ao TSE. Segundo Parola, os critérios que justificam a contratação foram “economicidade e viabilidade na distribuição de material”.