Correio da Bahia

Três foi até pouco

- Miro Palma miro.palma@redebahia.com.br

A Seleção Brasileira entrou em campo ontem com dois objetivos: manter a liderança das Eliminatór­ias e, no reencontro com o estádio Mineirão, amenizar a dolorosa derrota por 7x1 contra a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014. Deu certo. Diante da rival Argentina, vitória por 3x0, a quinta nos últimos cinco jogos. Líder com 24 pontos, o Brasil agora encara o Peru terça, em Lima.

Como era de se esperar, o jogo iniciou pegado, com muitas faltas dos dois lados. Com mais posse de bola, os rivais aproveitar­am o esquema 4-4-2 do técnico Edgardo Bauza, com duas linhas bem próximas. O Brasil de Tite, com isso, encontrou dificuldad­es para se aproximar do gol de Romero.

Aos 22 minutos, um susto no ataque dos hermanos. O volante Biglia acertou uma verdadeira sapatada de fora da área, no ângulo direito de Alisson, exigindo uma ótima defesa do camisa 1 brasileiro.

Dois minutos depois, a resposta canarinho veio em lindo estilo. Neymar deu o passe e Philippe Coutinho, com espaço, se aproximou da área. Aí ele não perdoa. Num chute venenoso, recheado de categoria, ele mandou forte no ângulo do goleiro Romero. Curva perfeita, sem chances.

O gol deu a estabilida­de que o Brasil precisava. Antes do intervalo, ainda dava tempo para mais emoção. Neymar partiu com a bola em contra-ataque e, perto da linha de fundo, acertou o pé da trave argentina. Era só um ensaio.

Depois, em cobrança de falta perigosa de Messi, a polêmica. A bola bateu na mão de Neymar, que estava na barreira e dentro da área. O árbitro chileno Julio Bascuñan deixou seguir, para o desespero dos jogadores albicelest­es.

Aí as cinco estrelas no peito da Seleção resolveram brilhar. Aos 45 minutos, Gabriel Jesus dominou, girou e deu um passe invocado, deixando três argentinos na saudade. Neymar, de cara, só teve o trabalho de dar uma chapa marota no canto esquerdo de Romero. Era só administra­r o duelo na segunda etapa.

Fora da zona de classifica­ção com a derrota, a Argentina veio para o tudo ou nada depois do intervalo. O Brasil, com mais espaço, aproveitou para liquidar a fatura. Em cruzamento de Marcelo, Renato Augusto apareceu na linha de fundo e escorou para Paulinho chegar batendo: 3x0 e torcida enlouqueci­da no Mineirão.

O restante da partida só serviu para a torcida gritar olé e Neymar desfilar toda a sua habilidade pelo gramado. Não foi 7x1 e não era a Alemanha, mas meter 3x0 na Argentina vale muito mais.

Argentina Romero, Zabaleta, Otamendi, Funes Mori e Más; Biglia, Mascherano, Enzo Pérez (Agüero) e Di María (Ángel Correa); Messi e Higuaín Técnico Edgardo Bauza

Estádio Mineirão

Gols Philippe Coutinho, aos 24, e Neymar, aos 45 do 1º tempo; Paulinho, aos 13 do 2º tempo Cartão amarelo Fernandinh­o e Marcelo (Brasil); Funes Mori, Biglia e Otamendi (Argentina) Público 53.490 pagantes Renda R$ 12.726.250,00 Árbitro Julio Bascuñan, auxiliado por Christian Schiemann e Marcelo Barraza (trio do Chile)

No Mineirão, Brasil faz a festa contra a rival Argentina e vence de goleada

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