SHOW GUILHERME ARANTES 40 ANOS
nião do meu pai (NR: o médico Gelson Lima Arantes), que dizia ser impossível. Na verdade, eu queria ser o Chico (Buarque), que era o sonho das meninas. Naquele tempo, os fãs não pensavam em Chico como intelectual, mas como um galã de olhos verdes. Mas, sobretudo, eu queria fazer sucesso cantando minhas próprias músicas, como aconteceu, e que outros artistas me gravassem. Isso, no entanto, demorou a acontecer. Havia preconceito na MPB pelo fato de eu fazer sucesso popular, cantar em programas de auditório como Chacrinha e Bolinha. Até meus amigos achavam ridículo por aparecer nesses programas. A Elis (Regina) foi quem primeiro acreditou em mim como compositor. A entrada da FM na segunda metade dos anos 70 mexeu profundamente com o cenário, É um fenômeno que talvez só compreenderemos melhor no futuro, porque o público vai aos shows não pela música em si, mas pela balada, pelo evento, para mostrar que está ali também, fazer selfies e propagar essa experiência. Acho que o processo reflete também a queda educacional que ocorreu no Brasil nas últimas duas décadas, isso do ponto de vista do público. Já sobre o império do sertanejo universitário, acho que é um mercado onde existe lavagem de dinheiro da corrupção. Se a corrupção atingiu todos os poderes do país, por que o showbiz ficaria imune? E mesmo artistas sertanejos mais sérios e românticos, como Victor & Leo e Paula Fernandes, que cultivam a melodia, têm problemas com empresários desse tipo. É uma loucura a dimensão de público que o sertanejo jovem ou universitário movimenta. Luan Santana reúne um Woodstock de público a cada semana em seus shows. Nem sei se ele tem dimensão disso. Mas qual a representação dessa música? São duas horas e meia de celebração e com uma superbanda, com Luiz Carlini e Alexandre Blanc nas guitarras, Willy Verdaguer no baixo, Gabriel Martini na bateria e Marietta Vital, que é minha filha, e Luciana Oliveira nos vocais. A última vez que fiz show na Concha Acústica foi em 2005, creio, junto com Belchior.
Preço R$ 509 (22 CDS)
Quando Amanhã, às 19h
Onde Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Preço R$ 80/R$ 40 (plateia) e R$ 160/R$ 80 (camarote)
Vendas Bilheteria do TCA, SACs dos shoppings Bela Vista e Barra e site Ingresso Rápido Coração Paulista (1980) Com produção de Liminha e pulsação rocker, não fez sucesso, mas tornou-se cultuado. Despertar (1985) Bem inspirado e no seu auge comercial, o compositor brilha em Cheia de Charme e Fã nº 1. Guilherme Arantes (1987) Tecnopop maduro e com bonitas canções como Marina no Ar e Um Dia, Um Adeus.