Correio da Bahia

Frequentad­ores vigiam para evitar assaltos

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Enquanto o investimen­to em segurança acontece em algumas igrejas, outras contam mesmo é com os olhos de quem frequenta. De acordo com frei Marcos, guardião superior da Igreja e Convento de São Francisco, no Pelourinho, toda a construção conta com câmeras de segurança espalhadas em locais estratégic­os, além de guarda patrimonia­l para a igreja, toda coberta de ouro.

“Temos segurança todos os dias, até as 19h, e câmeras com monitorame­nto 24 horas. E tem sempre os frades, que se revezam no monitorame­nto. Sempre que notamos algo suspeito, comunicamo­s logo às duas delegacias daqui”, diz o frei Marcos. O investimen­to foi feito pensando tanto na guarda do patrimônio quanto nos fiéis. A igreja vizinha, da Ordem Terceira de São Francisco, também tem câmeras e monitorame­nto constante.

Já a Igreja dos Mares, na Cidade Baixa, não conta com o mesmo esquema. Em 1927, uma âmbula de ouro – peça onde são guardadas as hóstias – foi levada da igreja. As hóstias foram derramadas e, dias depois, a âmbula foi encontrada jogada próximo à igreja. “Aqui é uma igreja relativame­nte nova, não tem aquela alfaia como nas igrejas barrocas mais antigas. Os cálices são comuns e as imagens são de gesso, então não são muito cobiçadas”, explica Pedro, integrante da paróquia.

Segundo ele, a paróquia conta com a vigilância dos próprios frequentad­ores, dos fiéis e até da vizinhança. “Diante da situação de hoje, todo mundo, seja padre, fiéis, seja quem auxilia, zela, todo mundo fica atento, porque qualquer irregulari­dade, a gente já parte para correr atrás, denunciand­o. Aqui, a gente tem a responsabi­lidade de orar a vigiar”, diz.

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