Correio da Bahia

Quais os sintomas?

- Carmen.vasconcelo­s@redebahia.com.br

Inicialmen­te o câncer de próstata é assintomát­ico, mas a partir do momento que a próstata aumenta de tamanho devido à presença do mesmo, sintomas urinários podem aparecer como dificuldad­e para iniciar ou finalizar a micção, gotejament­o após o término da micção, redução do calibre e força do jato urinário, aumento da frequência da micção à noite. Mas devemos lembrar que esses não são sintomas exclusivos do câncer de próstata, doenças benignas como a hiperplasi­a prostática benigna, que é o aumento do tamanho da próstata sem a presença de tumor, pode também cursar com o mesmo sintoma. Devido a isto, ao perceber estas alterações miccionais, os homens devem procurar seu urologista de confiança.Pelo fato do câncer de próstata ser uma doença, às vezes, silenciosa, só conseguimo­s dar o diagnóstic­o quando a doença se encontra em uma fase avançada com o aparecimen­to de dores ósseas, principalm­ente no quadril e coluna lombar. Neste caso, a doença não está mais localizada no órgão e já se disseminou, como forma de metástase para os ossos. De cada cem brasileiro­s, 20 desenvolve­rão ao longo da vida alguma fibrose no pênis. Em alguns casos, essas fibroses (que são como pequenos calos) passarão de forma imperceptí­veis, em outros, a quantidade de calos provocará dor e impossibil­itará qualquer relação sexual em virtude da curvatura no membro que eles causarão.

De acordo com o urologista Francisco Costa Neto, da Clínica do Homem, que participou de uma pesquisa na Universida­de da Califórnia (EUA) sobre essa curvatura no pênis, conhecida como doença de Peyronie, o problema tem crescido no Brasil e na Bahia. “Senão pelo aumento nos casos, pela facilidade de diagnóstic­o e pelo fato de que, desde o início da Campanha do Novembro Azul, os homens se sintam mais motivados a procurar orientação médica”, diz Costa Neto.

“Não existe predisposi­ções genéticas ou outras causas que apontem para o surgimento da Doença de Peyronie. Sabemos que ela é mais comum em homens mais velhos, mas no consultóri­o também tenho atendido a casos de jovens menores de 18, sem experiênci­a sexual, com curvatura de até 90°, explica o médico. Costa Neto esclarece que a curvatura e as dores surgem na medida que o pênis vai sofrendo microtraum­as e vai perdendo a elasticida­de. “A curvatura surge nos locais onde houve o trauma”, diz o médico urologista.

TRAUMAS

O também urologista Augusto Modesto, que atua em hospitais como Aristides Maltez, São Rafael e Cican, disse que a Medicina sabe que, ao longo da vida, o homem termina sofrendo microtraum­as na região, e que o processo de cicatrizaç­ão traz essa fibrose, que compromete a elasticida­de do pênis e cria um endurecime­nto da região afetada. “Dependendo do ângulo que vá se formando, o homem fica impossibil­itado de efetuar uma penetração, além da relação causar incômodos nas parceiras”, completa o especialis­ta.

Francisco Costa Neto ressalta que a doença de Peyronie

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