Quais os sintomas?
Inicialmente o câncer de próstata é assintomático, mas a partir do momento que a próstata aumenta de tamanho devido à presença do mesmo, sintomas urinários podem aparecer como dificuldade para iniciar ou finalizar a micção, gotejamento após o término da micção, redução do calibre e força do jato urinário, aumento da frequência da micção à noite. Mas devemos lembrar que esses não são sintomas exclusivos do câncer de próstata, doenças benignas como a hiperplasia prostática benigna, que é o aumento do tamanho da próstata sem a presença de tumor, pode também cursar com o mesmo sintoma. Devido a isto, ao perceber estas alterações miccionais, os homens devem procurar seu urologista de confiança.Pelo fato do câncer de próstata ser uma doença, às vezes, silenciosa, só conseguimos dar o diagnóstico quando a doença se encontra em uma fase avançada com o aparecimento de dores ósseas, principalmente no quadril e coluna lombar. Neste caso, a doença não está mais localizada no órgão e já se disseminou, como forma de metástase para os ossos. De cada cem brasileiros, 20 desenvolverão ao longo da vida alguma fibrose no pênis. Em alguns casos, essas fibroses (que são como pequenos calos) passarão de forma imperceptíveis, em outros, a quantidade de calos provocará dor e impossibilitará qualquer relação sexual em virtude da curvatura no membro que eles causarão.
De acordo com o urologista Francisco Costa Neto, da Clínica do Homem, que participou de uma pesquisa na Universidade da Califórnia (EUA) sobre essa curvatura no pênis, conhecida como doença de Peyronie, o problema tem crescido no Brasil e na Bahia. “Senão pelo aumento nos casos, pela facilidade de diagnóstico e pelo fato de que, desde o início da Campanha do Novembro Azul, os homens se sintam mais motivados a procurar orientação médica”, diz Costa Neto.
“Não existe predisposições genéticas ou outras causas que apontem para o surgimento da Doença de Peyronie. Sabemos que ela é mais comum em homens mais velhos, mas no consultório também tenho atendido a casos de jovens menores de 18, sem experiência sexual, com curvatura de até 90°, explica o médico. Costa Neto esclarece que a curvatura e as dores surgem na medida que o pênis vai sofrendo microtraumas e vai perdendo a elasticidade. “A curvatura surge nos locais onde houve o trauma”, diz o médico urologista.
TRAUMAS
O também urologista Augusto Modesto, que atua em hospitais como Aristides Maltez, São Rafael e Cican, disse que a Medicina sabe que, ao longo da vida, o homem termina sofrendo microtraumas na região, e que o processo de cicatrização traz essa fibrose, que compromete a elasticidade do pênis e cria um endurecimento da região afetada. “Dependendo do ângulo que vá se formando, o homem fica impossibilitado de efetuar uma penetração, além da relação causar incômodos nas parceiras”, completa o especialista.
Francisco Costa Neto ressalta que a doença de Peyronie