Para lavar a alma
O Vitória finalmente deu seu primeiro espetáculo no Barradão. Com direito a primeira goleada na Série A, três golaços e o quarto jogo sem a amargura de levar um gol na competição. O triunfo por 4x0, diante do Figueirense, ontem, deu um gás ao Leão nos próximos dois jogos restantes no Brasileirão. Mesmo assim, o jogo do Leão ainda não acabou, teoricamente. O Vitória agora veste a camisa alvinegra do Corinthians. Um triunfo do Corinthians hoje, diante do Inter, deixa o Leão precisando de um triunfo em dois jogos para assegurar sua permanência na elite.
O Sport também poderia ser um concorrente na luta contra o rebaixamento. A diferença entre os rubro-negros é de apenas um ponto. O baiano tem 42, enquanto o Sport estacionou nos 43. Porém, os dois próximos jogos do Sport é com dois rebaixados. O América Mineiro e o Figueirense, rebaixado ontem.
Logo no início do jogo diante do Figueirense, José Welison caiu e acabou, na queda, quebrando a clavícula. Ele foi direto para o hospital e não joga mais este ano. No seu lugar, Euller entrou para atuar na lateral esquerda, enquanto Diego Renan se mudaria para o lado direito. Foi o único revés do Leão na partida.
Apesar da mudança, o Vitória não mudou sua postura agressiva vista desde o jogo contra o Santos. Com uma tarde inspirada do colombiano Cárdenas, o Vitória produziu boas chances, mas errou muito na finalização. Logo no início, aos 7 minutos, Kieza, sozinho, acertou a trave de cabeça. Aos 9, Marinho quase faz, mas acabou escorregando na hora do chute.
O jogo estava aberto. Só no primeiro tempo, o Vitória atacou 14 vezes, contra cinco do Figueirense. Apesar de tantas tentativas ofensivas, o Vitória só abriu o placar graças ao volante Willian Farias. Aos 22 minutos, a bola sobrou com o capitão fora da área. O camisa 5 mandou um foguete, sem chance para Gatito Fernandez. A bola ainda bateu no travessão
e entrou.
Sob forte chuva, Leão aplica 4x0 no Figueira e ganha fôlego na Série A
FUZILAMENTO
No segundo tempo, a pontaria afinou e o Figueirense nem conseguiu respirar. quando o cronômetro marcava 30 segundos, Zé Love, de primeira, meteu uma bomba no gol. O Leão chegou a ver o Figueirense chegar perto do gol em duas oportunidades, mas nada que tirasse a empolgação rubro-negra no jogo.
Com mais poder ofensivo, novamente Marinho vestiu a roupa do garçom e deu de bandeja o gol de Kieza, que não marcava pelo Brasileirão desde o duelo contra a Chapecoense, em outubro. Tudo lindo, maravilhoso, mas jogo do Leão sem gol de Marinho não existe. O astro rubro-negro deixou dele, aos 15. Outro golaço de fora da área, mas sem bomba. Uma bola colocada, no melhor estilo Di Marinho.
Com quatro gols de frente, o Vitória deu uma relaxada. O Figueirense só arriscava nas bolas paradas de Ayrton, ex-Vitória. Aos 29, o alvinegro catarinense deu um sinal de vida com uma bomba de Rafael Moura, no travessão. Foi só. A goleada estava decretada e parece que os atletas assimilaram bem os gritos que vinham da torcida: “fica Leão, na primeira divisão”. Este pedido é uma ordem. Vitória Fernando Miguel,
José Welison (Euller), Victor Ramos, Kanu e Diego RenanLAE; Marcelo, Willian Farias e Cárdenas; Marinho (Tiago Real), Kieza e Zé Love (David) Técnico Argel Fucks
Figueirense Gatito, Ayrton, Bruno Alves, Werley e Marquinhos; Josa, Jackson (Yago Costa) e Bady (Renato); Everton (Rafael Silva), Lins e Rafael Moura Técnico Marquinhos Santos
Estádio Barradão Gols Willian Farias, aos 22 minutos do 1º tempo; Zé Love, aos 30 segundos, Kieza, aos 11, e Marinho, aos 15 do 2º tempo Cartão amarelo Willian Farias, David, Diego Renan e Victor Ramos (Vitória); Rafael Moura, Yago e Bady (Figueirense)
Público 22.648 pagantes Renda R$ 202.988,00 Árbitro Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado por Marcelo Van Gasse e Miguel Cataneo Ribeiro (trio paulista)