Direita francesa realiza primárias com três favoritos

ELEIÇÕES A cinco meses da eleição presidencial, os franceses foram às urnas ontem para o primeiro turno das primárias da oposição de direita, com três favoritos: o ex-presidente Nicolas Sarkozy e dois ex-primeiros-ministros, Alain Juppé e François Fillon. Mais de 2,5 milhões votaram para decidir entre sete candidatos, de acordo com dados parciais compilados pelos organizadores da votação. “As pessoas sabem que isso é importante porque o candidato que for selecionado terá chances de ser eleito em 2017”, ressalta Madi Latil, presidente de um colégio eleitoral em Nice, no sudeste do país. Dada a sua impopularidade e divisões, a esquerda no poder corre o risco de ser eliminada no primeiro turno da eleição , em abril. O duelo final poderia, portanto, ser disputado entre o candidato da direita e Marine Le Pen, líder da extrema-direita. Em ascensão, a extrema-direita tem se aproveitado das preocupações dos franceses relativas à segurança após os ataques terroristas desde 2015 e à crise migratória. Mas, até agora, as pesquisas estimam que ela não será capaz de recolher os 50% dos votos necessários para ser eleita. No final do dia, Sarkozy admitiu sua derrota e reconheceu que os ex-primeiros-ministros François Fillon e Alain Juppé disputarão o segundo turno que definirá o candidato da coalizão de centro-direita à presidência. Sarkozy, no entanto, manifestou que apoiará no segundo turno Fillon, cujos ideais políticos são “mais próximos” dos seus. Para participar nesta primária, era preciso assinar uma carta comprometendo-se a partilhar os valores “da direita e do centro” e pagar dois euros.