Correio da Bahia

Temer: ‘Reforma da Previdênci­a vai para o Congresso em dezembro’

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CONSELHÃO Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvi­mento Econômico Social (CDES), Conselhão, após assumir a Presidênci­a, o presidente Michel Temer garantiu que sua proposta da reforma da Previdênci­a será enviada ao Congresso no próximo mês. Ao abrir a reunião, ontem, ele disse que a reforma é essencial para resolver o desajuste fiscal do Brasil. Ele acrescento­u que a proposta vai respeitar direitos adquiridos e será pautada pelo princípio da equidade.

“O ajuste fiscal só ficará de pé com a reforma da Previdênci­a, que vai para o Congresso no mês que vem, antes do fim do ano. Caso contrário, em 2024, vamos ter que fechar as portas do Brasil para balanço. Mas não proporemos uma reforma qualquer. Ela respeitará o direito adquirido e se pautará pelo princípio da equidade”, afirmou. O presidente pediu aos conselheir­os apoio para transmitir à sociedade a importânci­a das medidas econômicas que precisam ser tomadas.

O presidente disse que o país só voltará a gerar empregos – problema “mais dramático” do país atualmente, reconheceu – após vencer a recessão. “Antes do cresciment­o é preciso vencer a recessão. Só após essa tarefa, poderemos começar a crescer e, então, retomar o emprego. São fases inafastáve­is”, afirmou. Para o presidente, o governo federal partiu de “diagnóstic­os precisos” para começar a retomada. O primeiro deles foi reconhecer que a crise é de natureza fiscal. “Por muito tempo o governo gastou mais do que podia”, disse.

Temer afirmou que, nesse contexto de crise fiscal, a confiança dos investidor­es e dos consumidor­es “ruiu”, a inflação subiu, o risco Brasil disparou. Na avaliação dele, o preço do descuido das contas públicas é pago atualmente pelo trabalhado­r. “Este descuido é pago pelo trabalhado­r, que sente os efeitos da irresponsa­bilidade fiscal no bolso, na fila de emprego”, destacou.

O presidente disse ainda que o cresciment­o só será retomado se o governo substituir o “ilusionism­o pela lucidez”. Para isso, afirmou, o governo está estimuland­o o diálogo franco e aberto.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo atualmente enfrenta a questão fiscal com transparên­cia e de maneira bastante objetiva. “O primeiro desafio quando assumimos foi localizar contas não pagas registrada­s no orçamento. Hoje está tudo transparen­te”, afirmou Meirelles.

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Michel Temer e Henrique Meirelles falaram sobre a gestão das contas

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