Correio da Bahia

Elomar bate-papo e lança livro no TCA

- Marília Moreira marilia.silva@redebahia.com.br

Além de cantar e compor, Elomar também desenha e escreve. Parte dessas produções pode ser conferida no livro A Era dos Grandes Equívocos, que será lançado sexta-feira, no Teatro Castro A lves. Antes, às 18h30, o artista baiano participa de um bate-papo gratuito com admiradore­s sobre o tema do livro, dentro do projeto Conversas Plugadas. A mediação será feita pelo secretário de Cultura, Jorge Portugal, e pelo reitor da Ufba, João Carlos Salles.

O livro é uma espécie de ensaio, num gênero inaugurado pelo autor, e batizado por ele de Mão de Prosa, no qual Elomar, sem qualquer intenção política ou conotação religiosa, parece ter vaticinado o atual cenário vivido no Brasil. Toda a narrativa é costurada a partir do ponto de vista de três personagen­s, reunidos em uma taberna: um antropólog­o, um poeta e um intelectua­l engajado.

Para a assessora do artista, Rossane Nascimento, a produção reúne o pensamento de Elomar. “É a forma como ele vê o mundo. Ele retoma, questiona e comenta paradigmas que estão cristaliza­dos e chega a falar de uma não lógica aristotéli­ca, além da inexatidão à Matemática”, resume.

TERCEIRO OLHO

O livro questiona, por exemplo, até que ponto a era da tecnologia está a serviço do progresso ou do retrocesso. A capa, ilustrada pelo próprio Elomar, sintetiza essa preocupaçã­o. Em vez de os macacos antecedere­m os homens na escala evolutiva, conforme a clássica imagem consagrada pela ciência, na capa de A Era dos Grandes Equívocos, eles aparecem depois dos humanos. Acompanhan­do todos eles, a imagem do homem espiritual. Toda discussão se dá sob três eixos básicos: políticoec­onômico, estético-espiritual e técnico-científico.

Apesar do uso vernacular e purista da língua, Rossane garante que Elomar tem o cuidado de tecer os argumentos de forma muito didática. “Elomar enxerga a vida com um terceiro olho. A ideia não é convencer o leitor a nada, mas provocá-lo”, afirma, ao frisar que esta é uma leitura que exige do leitor.

O bate-papo é uma das atividades que o artista mais tem gostado de cumprir. “Ele é muito da interlocuç­ão, gosta de conversar, do confronto. E é o primeiro encontro que a gente vai fazer focado no livro”, afirma Rossane.

Preço R$ 120 (320 pág.)

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Jorge Portugal e João Carlos Salles mediam a conversa com Elomar
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