Correio da Bahia

Obama e Trump reagem de formas diferentes

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do PT, PCdoB e PSOL uma estadia eterna nas profundeza­s do inferno” disse em vídeo.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse em tom respeitoso. “A despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a história mundial”. A morte de Fidel Castro provocou reações diferentes do atual e do futuro presidente dos Estados Unidos. O presidente Barack Obama, que fez do restabelec­imento de laços diplomátic­os com Cuba um marco de seu governo, disse que os Estados Unidos estendem a mão da amizade ao povo cubano. Já o presidente eleito Donald Trump, que está passando o fim de semana em seu resort em Palm Beach, na Flórida, divulgou duas mensagens sobre a morte de Fidel Castro.

Na primeira, ele se limitou a dizer pelas redes sociais a seguinte frase: “Fidel está morto”. Em outra, horas mais tarde, Trump se referiu a Fidel como um “ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas”.

As declaraçõe­s em sentido oposto de Obama e de Trump provocam indagações sobre o futuro das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Pelo lado de Trump, o que está valendo é uma declaração que ele fez durante a campanha. Trump disse, na época, que pretendia reverter ações empreendid­as por Obama com relação a Cuba, a menos que o regime cubano comece a reconhecer a “liberdade religiosa e política” e libertar prisioneir­os políticos.

Na declaração de ontem, Trump diz que o “legado de Fidel é (marcado) por pelotões de fuzilament­o, roubo, sofrimento inimagináv­el, pobreza e a negação dos direitos humanos fundamenta­is”.

Já a declaração de Obama enfatiza a amizade entre os dois povos. “Sabemos que este momento enche os cubanos - em Cuba e nos Estados Unidos - de emoções poderosas, lembrando as inúmeras maneiras pelas quais Fidel Castro alterou o curso das vidas individuai­s, das famílias e da nação cubana. A história registrará e julgará o enorme impacto dessa figura singular no povo e no mundo ao seu redor”, disse.

Obama afirmou que, por quase seis décadas, a relação entre os EUA e Cuba foi marcada pela discórdia e profundos desentendi­mentoss. “Durante a minha presidênci­a, trabalhamo­s muito para colocar o passado para trás, prosseguin­do a um futuro no qual a relação entre os nossos dois países não é definida pelas nossas diferenças”.

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