Vamos avante, Esquadrão!
Que final de semana! A tão esperada festa. O triunfo tão sofrido. Triunfo, sim, pois estamos falando não apenas de um jogo, mas de um campeonato. E apesar de nosso adversário ter sido o campeão, nós também fomos vitoriosos.
A volta para casa foi ainda melhor. Era impossível dormir depois daquele acesso e, acesos, chegamos ao aeroporto de Salvador pouco depois do meio dia para sermos recebidos pela Nação Tricolor e, como bons baianos, comemorar com o trio elétrico.
Poderia falar mais sobre esse resultado, sobre essa específica festa, sobre a última rodada. Mas há uma data que merece ser lembrada: 19 de novembro de 2016! Recorde de público da Arena Fonte Nova, festa linda da Nação Tricolor coroada com mais um triunfo no apagar das luzes, como virou tradição nas rodadas finais da competição!
Naquele dia a atmosfera não se restringiu ao estádio! Contagiou toda a cidade, senão o estado. E, certamente, chegou a todo cantinho do mundo em que um tricolor se encontrasse, porque é certo: todo “Bahêa”, de alguma forma, deu seu jeito de acompanhar aquela partida.
A semana foi um misto de ansiedade com animação.
E os presentes na Arena levaram justamente esses sentimentos: a ânsia pelo acesso e a animação pela iminência da conquista. Misto de sentimentos que culminou na explosão eufórica após o apito final.
O acesso veio, mas nós não sabíamos. Não pudemos comemorar plenamente.
Mais uma semana de ansiedade. Dias cujas horas pareciam durar séculos. Dificuldade de se concentrar em qualquer outro assunto que não fosse o Esquadrão.
Pensando bem, não tinha como ser diferente: diante de uma trajetória tão cheia de percalços, havia de se imaginar que o resultado necessário só viria na última rodada. E veio!
Finalmente! Conseguimos! Foi uma conquista difícil! Sofrida! Mas foi uma jornada que reviveu a mística tricolor. Pelo caminho, vimos a Estrela brilhar algumas vezes. E, mais importante, conseguimos fazer a junção “time/torcida” que nos torna quase imbatíveis.
Há quem diga que clube grande não festeja acesso.
O Bahia é um clube enorme! Temos muito orgulho de nossa história. E devemos mesmo ter. Mas não é porque temos duas estrelas que devemos deixar de valorizar o acesso à Série A. Temos que comemorar, sim!
É preciso ter humildade. Para se conseguir grandes conquistas não basta visão de onde se almeja chegar. É preciso ter o discernimento de se saber onde está. Só assim podemos traçar o caminho que devemos trilhar.
O Bahia, hoje, não é o clube que um dia já foi. Não somos o mesmo clube que venceu o Santos de Pelé em 1959. Não somos também o que foi bicampeão brasileiro de 1988 contra o Inter. Mas o Bahia também não é mais o time que visitou a série C em 2006 e 2007. Não somos mais um time sem credibilidade e desorganizado que perde jogadores por falta de pagamento de FGTS, não, senhor!
Estamos, passo a passo, reconstruindo o Bahia que amamos. A ascensão foi um passo. Como antes havia sido a Democratização do clube e como foi também a profissionalização que conseguimos implementar.
Entre os clubes de futebol, o Bahia é uma das referências administrativas do Brasil. Transparência não é só pregada, é praticada.
Mas, como bem sabemos, para que todo esse trabalho possa ser bem desenvolvido dentro de uma instituição como o Esporte Clube Bahia, é preciso que o time de futebol dê resultados.
E vai dar.
Subimos, mas queremos mais. Todo tricolor quer mais. Merece mais.
E, juntos, podemos mais! Bem organizado e com reconhecimento no mercado, o Bahia volta à Série A com condições de fazer campanhas dignas. E, com o passar do tempo, nossas ambições irão se revelar cada vez maiores.
Nossos sonhos são grandes. Mas para alcançá-los há muitos passos a serem dados.
No último dia 19 mostramos ao Brasil que juntos somos fortes. Com essa força vamos batalhar para alcançar cada um dos nossos sonhos.
Pode não ser imediato, mas tenho certeza que, bem gerido, este clube vai dar muito orgulho a Nação Tricolor!
Porque unidos, time e torcida, são fortes demais!
Juntos voltamos e, juntos, temos muita história para fazer!
Vamos avante, Esquadrão!