Correio da Bahia

Supercompu­tadores

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Se depender do presidente da Fieb, Ricardo Alban, a Bahia vai abrigar em breve uma central de supercompu­tadores do Senai Cimatec muito em breve. Além do equipament­o que já está operando, o segundo mais poderoso do Brasil, a Fieb está em conversaçõ­es para a implantaçã­o de novas máquinas no centro tecnológic­o da Avenida Orlando Gomes. Segundo ele, o Cimatec inaugura em breve um supercompu­tador de menor capacidade que o atual, negocia outro, com a Repsol, maior que o implantado no Cimatec, além de ter conversas para se tornar apoiador tecnológic­o do Campo de Libra, o que vai demandar mais um supercompu­tador. “Vamos fazer um hub na Bahia”, disse. POLÊMICA O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse, em entrevista ao Fantástico ontem, que gravou uma conversa telefônica com o presidente da República, Michel Temer, mas que o seu conteúdo foi “burocrátic­o” e “protocolar”. Ele negou ter gravado qualquer outra conversa com Temer.

Calero pediu demissão do cargo alegando que sofreu pressão de Temer, do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) a fim de que atuasse para que o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) revertesse decisão que barrou a obra de um prédio em uma região tombada de Salvador, onde Geddel comprou um apartament­o na planta. O episódio levou à saída de Geddel do governo. Ele admitiu que procurou Calero para liberar o empreendim­ento, mas que não o pressionou. “Eu fiz algumas gravações telefônica­s. Ou seja, de pessoas que me ligaram. Entre essas gravações, existe uma gravação do presidente da República, mas uma gravação absolutame­nte burocrátic­a. Inclusive, eu fiz questão de que essa conversa fosse muito protocolar, que é a conversa da minha demissão. Eu tive a preocupaçã­o inclusive de não induzir o presidente a entrar em qualquer tema pra não criar prova contra si”, afirmou Calero. Na manhã de ontem, em entrevista coletiva, Temer disse que considerav­a “indigno” e “gravíssimo” um ministro gravar o presidente da República. “Uma indignidad­e absoluta”, reagiu Temer, em coletiva sobre a possibilid­ade de uma de suas conversas com o ex-titular ter sido gravada. “Com toda franqueza, gravar clandestin­amente é desarrazoá­vel. Um ministro gravar o presidente da República é gravíssimo, quase indigno”, emendou. E disse que jamais teria a coragem de gravar uma conversa com alguém. Na entrevista, Temer disse que arbitrar conflitos é uma tarefa indispensá­vel para o presidente e foi isso que fez nas conversas com Calero. Mais de uma vez, ele disse que deseja que venha à público a gravação de sua conversa com Calero “para mostrar que não patrocinei nenhum interesse privado”. Ainda sobre Calero, Temer disse que se tal gravação vier a público, ficará evidente que ele é cuidadoso com as palavras.

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