Trump é aconselhado a não colocar Romney como secretário
ESTADOS UNIDOS Uma disputa interna entre os assessores do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump foi revelada neste domingo, quando sua gerente de campanha alertou que ele poderia enfrentar uma reação intensa de apoiadores caso escolha Mitt Romney para ser secretário de Estado. Trump tem ponderado entre Romney, candidato presidencial republicano de 2012 e que passou grande parte do ano passado criticando Trump, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, que apoiou desde o início a campanha presidencial do magnata imobiliário, para o comando da diplomacia dos EUA. Giuliani se encaixaria junto a outros leais e conservadores de linha-dura que Trump escolheu até agora para integrar seu governo, porém tem sido criticado por trabalhar como consultor para governos estrangeiros. Com Rommey, Trump poderia ajudar a unir seu partido e conquistar republicanos céticos. Apesar de grande parte do debate ter acontecido a portas fechadas, a gerente de campanha Kellyanne
Conway advertiu que Trump poderia irritar seus apoiadores caso opte por Romney, que o acusou de ser uma “fraude” e um “falso” na campanha deste ano. “Eles se sentem traídos por pensar que Romney pode voltar após tudo o que fez e nem sabemos se ele votou em Donald Trump”, disse ela. Membros da equipe de Trump lançaram ontem questionamentos sobre as relações diplomáticas entre Washington e Havana após a morte de Fidel Castro, embora Reince Priebus, futuro chefe de gabinete de Trump, tenha dito vai fazer de tudo para “conseguir um melhor acordo” com Cuba e evitar “um entendimento de mão única”. Em outro pronunciamento, através de seus assessores, Donald Trump revelou que “os passos do presidente Obama em direção a Cuba foram equivocados porque não tivemos nenhuma garantia de que os cubanos que ainda vivem na ilha terão de fato liberdade religiosa, política e econômica”.