Correio da Bahia

Boas lembranças

- Moysés Suzart moyses.suzart@redebahia.com.br

O futebol baiano também está de luto. Entre os 71 mortos que estavam no avião que caiu na Colômbia, ontem, oito tiveram passagem pela dupla Ba-Vi. Alguns não se destacaram, outros fizeram história.

Entre as vítimas, duas pratas da casa. Ananias foi revelado pelo Bahia, enquanto Arthur Maia tinha contrato com o Vitória até o final de 2017 e estava emprestado ao time catarinens­e. A cria do Leão fez 23 jogos pelo Verdão do Norte.

No Vitória, Arthur Maia foi campeão baiano profission­al em 2010 e 2016, além do título da Copa do Brasil Sub-20, em 2012. Seu último jogo antes do acidente foi no dia 20 de novembro, no triunfo por 2x0 diante do São Paulo, pela Série A. Arthur Maia tinha 23 anos e estava noivo. O casamento seria realizado no início do ano que vem.

Ananias já estava na Chapecoens­e desde 2015. Pelo clube catarinens­e, o atacante fez 92 jogos. Maranhense, o jogador chegou no Bahia em 2004, estreando no profission­al em 2008. Ele viveu um dos momentos mais difíceis do clube baiano, quando se dividiu entre as séries C e B. Ananias foi uma das principais peças que devolveram o bicampeão brasileiro para a Série A, na temporada 2010. Ele era titular absoluto da Chapecoens­e.

Também atuando pelo Bahia, o zagueiro William Thiego foi titular do tricolor na temporada 2011, fazendo 21 jogos pelo Esquadrão, todos como titular. Acabou perdendo espaço durante a Série A e no ano seguinte foi para o Ceará.

Pelo Vitória, o volante Gil teve passagem rápida no Barradão, em 2009. Foi contratado no meio do ano e disputou apenas sete jogos, todos pela Série A. Não teve o contrato renovado. O meia Cléber Santana esteve no Vitória em 2004 e foi bem. O lateral-esquerdo Dener Assunção, por sua vez, teve passagem rápida no Leão em 2012.

Oito integrante­s da Chapecoens­e já representa­ram Bahia ou Vitória

COMISSÃO TÉCNICA

O treinador da Chapecoens­e, Caio Júnior, comandou os dois principais clubes baianos. No Bahia, foi técnico em 2012, mas com passagem relâmpago. Treinou apenas por oito jogos e teve 37% de aproveitam­ento. Em dezembro, assinou com o Vitória para 2013.

Caio Júnior foi responsáve­l em montar o time que teve o trio Cáceres, Escudero e Maxi Biancucchi. Foi no Vitória que ele conquistou seu primeiro título, o estadual de 2013. Para os rubro-negros, fica a lembrança dele como sendo o comandante do Vitória nas goleadas históricas por 5x1 e 7x3, ambas na Arena Fonte Nova.

Entre os membros da comissão técnica, estava Anderson Paixão, que foi preparador físico do Bahia na temporada 2009. Ele é filho de Paulo Paixão, ex-preparador físico da Seleção Brasileira.

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