Correio da Bahia

Na conta, hoje, 13º põe cerca de R$ 8,4 bilhões na economia baiana

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TRABALHO Hoje é a data limite para os empregador­es pagarem a primeira parcela do 13º salário dos trabalhado­res. Na Bahia, a expectativ­a é de que mais de 4,7 milhões de pessoas recebam o dinheiro em 2016, o que representa uma injeção de R$ 8,4 bilhões na economia do estado até o final deste ano. Segundo o Departamen­to Intersindi­cal de Estatístic­a e Estudos Socioeconô­micos (Dieese), o valor correspond­e a 3,4% do PIB estadual. A segunda parcela deve ser depositada até 20 de dezembro.

Caso o empregador não cumpra os prazos estabeleci­dos, ele será autuado no momento em que houver fiscalizaç­ão, gerando multa. Para o empregado, o primeiro passo é denunciar a empresa à Delegacia Regional do Trabalho. Já os que vão receber o salário extra têm destino certo para o dinheiro. De acordo com uma pesquisa anual da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administra­ção e Contabilid­ade (Anefac), 81% dos assalariad­os pretendem utilizá-lo para pagar dívidas - um aumento de 7 pontos percentuai­s em relação ao ano anterior. Além disso, 6% dos entrevista­dos disseram querer usar o dinheiro extra para a compra de presentes, outros 6% para poupar e aplicar parte do valor, e 13% querem usá-lo para fazer frente às despesas de início de ano.

Quando comparado a 2015, o valor total de R$ 8,4 bilhões representa um cresciment­o de 14,9%. Para Vitor César Lopes, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), os números mostram uma reação, ainda que pequena, da economia. “É melhora, sobretudo no segundo semestre. Alguns setores, inclusive, já preveem um Natal melhor do que previam quando o ano começou. Estamos vendo um indício de aqueciment­o”, afirma. Apesar disso, ele conta que existem outros fatores que influencia­m neste aumento, que está acima da inflação. “Isso tem muito mais a ver com os reajustes de salário do que com o aumento do contingent­e de pessoas (que recebem o 13º) em si”, diz. A primeira parcela do pagamento é equivalent­e à metade do salário do mês anterior, sem descontos. Já a parcela seguinte equivale à outra metade com os descontos (veja simulação).

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