Correio da Bahia

Monumentos amanhecem depredados em Brasília

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PROTESTO No dia seguinte ao protesto contra as políticas de ajuste fiscal e de reforma do ensino médio propostas pelo governo Michel Temer, monumentos e prédios da Esplanada dos Ministério­s amanhecera­m ontem com as marcas de depredação. Patrimônio Histórico da Humanidade, a área central da cidade viveu cenas incomuns em tradiciona­is protestos políticos, com pichações e até queima de carros. Há 30 anos atrás, a capital viveu cenas de destruição, quando, em novembro de 1986, sindicatos promoveram o chamado Badernaço, um ato contra o Plano Cruzado II, do governo Sarney, que resultou em ônibus e carros de polícia virados na Esplanada e na Rodoviária do Plano Piloto.

A estrela de aço com os pontos cardeais não foi poupada, assim como as placas de referência­s da catedral e dos ministério­s, postes de radares de velocidade e as luminárias cenográfic­as em frente aos pés de jatobá no Comando da Aeronáutic­a.

A Biblioteca Nacional e o Museu da República receberam frases como: “Fora Temer”, “Polícia assassina” e “Governo golpista”.

Nem Paulo Freire (1921-1997) escapou às depredaçõe­s. O painel com o retrato do educador, em frente ao Ministério da Educação, foi manchado de tinta. A principal construção religiosa de Brasília foi um dos prédios mais pichados. Na cúpula e no anexo da catedral, pichadores deixaram gravadas as siglas de universida­des federais.

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Diversos monumentos na Esplanada dos Ministério­s, tombados pelo Patrimônio Histórico, foram pichados

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