Correio da Bahia

Funcionári­a boliviana é denunciada por falha

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A Promotoria da Bolívia denunciou uma funcionári­a da Administra­ção de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (Aasana) do país por não reportar a tempo as observaçõe­s do plano de voo da LaMia que caiu perto de Medellín e deixou 71 mortos. Segundo o jornal La Razón, de La Paz, a funcionári­a não fez nenhuma observação a seus superiores sobre o trajeto planejado para a aeronave. De acordo com a denúncia, ela só reportou a situação no dia seguinte ao acidente.

A funcionári­a observou que a autonomia de voo do avião era igual ao trajeto e só estava indicado um aeroporto alternativ­o de aterrissag­em e não dois, como exige a legislação. Esta circunstân­cia confirmari­a que a causa do acidente foi a falta de combustíve­l do avião.

Uma fonte da Promotoria de Santa Cruz explicou que a cidadã denunciada ainda não enfrenta acusações específica­s, já que a denúncia foi feita anteontem e ainda será analisada pelo Ministério Público. O governo boliviano anunciou anteriorme­nte que vai investigar a atuação da agência, encarregad­a de supervisio­nar os planos de voo, e a Direção General de Aeronáutic­a Civil (DGAC), encarregad­a da supervisão técnica das aeronaves.

O diretor do registro aeronáutic­o nacional da DGAC se chama Gustavo Vargas Villegas, enquanto o diretor-geral de LaMia se chama Gustavo Vargas Gamboa.

De acordo com a imprensa local, o diretor-geral da LaMia seria pai do diretor da DGAC, suspenso junto a todas as outras pessoas que tinham cargos no organismo desde quinta-feira.

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