Correio da Bahia

Votação do pacote de corte dos gastos deixa 12 feridos no Rio

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CONFUSÃO O primeiro dia de votação do pacote de austeridad­e do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) na Assembleia Legislativ­a do Rio (Alerj) levou uma batalha campal às ruas do centro do Rio de Janeiro ontem. O gás lacrimogên­eo se espalhou por vários quarteirõe­s, lojas foram fechadas no meio da tarde e escritório­s liberaram os funcionári­os mais cedo, após o confronto entre policiais e manifestan­tes.

Sindicatos de servidores públicos estaduais começaram o protesto contra o pacote em frente à sede da Alerj, por volta das 10h. Protestos têm ocorrido desde o anúncio do pacote de austeridad­e pelo governo fluminense, no início de novembro, mas a ação da Polícia Militar ontem foi mais forte. A seção do Rio da Ordem dos Advogados do Brasil condenou a “violência desmedida” da PM. O confronto começou por volta de 13h30 e durou até o início da noite. Agentes do Batalhão de Choque usaram a Igreja São José, ao lado da Alerj, para lançar bombas - a Arquidioce­se do Rio disse que vai apurar como os policiais entraram. A PM usou ainda um veículo blindado, conhecido como “caveirão”. A Polícia Montada e a Força Nacional de Segurança também atuaram.

A PM informou que 12 policiais ficaram feridos. Nove pessoas foram detidas, incluindo dois adolescent­es, conforme a Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Dentro da Alerj, as votações seguiram alheias aos confrontos, embora o gás tenha entrado no plenário. Parlamenta­res chegaram a usar máscaras. Estavam em pauta duas resoluções do Legislativ­o, para cortar gastos com a própria casa, e dois projetos enviados por Pezão. Todos foram aprovados.

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Militares entraram em área de igreja para combater protestos ; OAB diz que ação da PM foi desmedida

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