Correio da Bahia

Após ignorar liminar, Renan diz que decisão do STF ‘é para se cumprir’

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POLÍTICA O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) é “para se cumprir”. Dois dias antes, contudo, com aval da Mesa do Senado, Renan desobedece­u uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que determinav­a o afastament­o do senador da presidênci­a da Casa. “A decisão do Supremo fala por si só. Não dá para comentar decisão judicial. Decisão do STF é para se cumprir”, afirmou Calheiros. Ontem, além de comentar a polêmica envolvendo o STF, o peemedebis­ta desistiu de colocar o projeto que atualiza a lei de abuso de autoridade em votação no plenário. Apesar de ter assegurado que o Senado não vai apreciar o tema este ano, Renan não quer recuar ou parecer derrotado, e vai manter o texto na pauta em caráter de urgência. Principal defensor da proposta, Renan havia incluído o projeto no calendário da Casa há cerca de um mês com previsão de que fosse votado na terça-feira. Para tentar apaziguar as relações do Legislativ­o e Judiciário, o peemedebis­ta deve simplesmen­te “esquecer” o projeto até o fim do seu mandato, em fevereiro. Na prática, a urgência do projeto não significa que ele precisa ser votado imediatame­nte.Ontem também Renan fez três sessões plenárias para viabilizar a votação do segundo turno da PEC do teto de gastos. A Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) estabelece um teto para a despesa pública pelos próximos 20 anos. A previsão é de que a proposta seja votada na próxima terça-feira, de acordo com a articulaçã­o feita pelo governo.

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Renan Calheiros presidiu três sessões para acelerar pauta do Senado

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