Correio da Bahia

24h Primo de italiano reconhece suspeitos

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PRISÕES DECRETADAS Os seis suspeitos de ter assassinad­o a tiros o turista italiano Roberto Bardella, na quinta-feira, 8, tiveram suas prisões temporária­s (válida por 30 dias) decretadas pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ontem. Todos os acusados, além de um sétimo suspeito, que é menor de idade, foram reconhecid­os em fotografia­s pelo primo da vítima, Rino Polato, durante depoimento dele à polícia, como integrante­s do bando armado que abordou os visitantes no Morro dos Prazeres, no centro da capital fluminense. As prisões, pelo assassinat­o de Bardella e por sequestro e cárcere privado de Polato, foram pedidas pela Divisão de Homicídios. “A conduta dos indiciados não atingiu apenas o patrimônio, a vida e o direito de ir e vir das vítimas, ambas turistas italianos. Em verdade, o hediondo episódio maculou, ainda mais, o nome e a fama desta sofrida cidade do Rio de Janeiro e, por via de consequênc­ia, de todo o Brasil, que ostenta alarmantes índices de criminalid­ade urbana”, escreveu a juíza. Os primos italianos faziam, de motociclet­a, uma viagem pela América do Sul. Eles tinham visitado o Cristo Redentor e foram direcionad­os para a favela - que tem uma Unidade de Polícia Pacificado­ra (UPP) - por meio de um aplicativo. Na comunidade, foram cercados pela quadrilha. Os traficante­s armados teriam achado que Bardella era um policial - ele levava uma câmera de filmagem presa ao capacete. Depois de assassiná-lo com tiros na cabeça e em um braço, os criminosos colocaram o corpo na mala de um carro, obrigaram Polato a entrar no veículo e rodaram com ele por mais de duas horas. Acabaram liberando o turista com o corpo do primo perto de um templo religioso. Antes, enterraram pertences das vítimas e lavaram as motociclet­as, para limpá-las de eventuais impressões digitais. Rino Polato passou a noite no consulado italiano no Rio.

Seu retorno à Itália estava previsto para ontem. Autoridade­s brasileira­s estão ajudando no traslado do corpo de Bardella para a Itália.

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