Casa Branca barra jornalistas de veículos criticados por Trump
WASHINGTON A Casa Branca barrou a entrada de repórteres do jornal The New York Times, do site Politico e da rede de televisão CNN na entrevista coletiva diária do porta-voz do governo, Sean Spicer, ontem. A proibição deve alimentar a disputa do presidente Donald Trump com a imprensa dos Estados Unidos. A publicação nova-iorquina e o canal foram criticados por publicarem vazamentos de informações sobre seu governo e sua campanha. Os repórteres dos demais meios de comunicação foram autorizados a entrar, dentre eles as TVs ABC, Bloomberg, CBS e Fox News, o jornal The Wall Street Journal e os sites conservadores Breitbart News e One America News. Os jornalistas da agência de notícias Associated Press e da revista Time se recusaram a participar em protesto contra a decisão. A Associação dos Correspondentes da Casa Branca condenou as ações do governo Trump. “Nós estamos protestando fortemente contra a forma como a Casa Branca lidou com a coletiva de hoje. Incentivamos as organizações autorizadas a entrar a compartilhar o material com outros meios de comunicação.” A iniciativa da Casa Branca acontece horas depois que Trump atacou a imprensa durante discurso na Conferência de Ação Política Conservadora, dizendo que os jornalistas não deveriam usar informações de fontes anônimas. Ontem também ocorreu o primeiro encontro de um presidente latino-americano com Trump, o peruano Pedro Pablo Kuczynski disse ao americano que prefere “pontes a muros”. Ele se referia ao muro que o governo dos EUA pretende construir na fronteira com o México. Kuczynski afirmou estar interessado na livre circulação legal de pessoas. Segundo ele, a conversa com Trump foi “cordial e construtiva”.