Companheira

Indispensável nos anos 90, odiada nos anos 2000, a pochete deixou de ser brega para virar o acessório fashion deste Verão. E a prova de fogo tem sido, justamente, o Carnaval. E não é que ela virou a queridinha de muita gente?

Ontem, Bruna Marquezine escolheu a peça para completar sua fantasia de arco-íris e se divertir no Bloco da Favorita, no Rio. A pochete escolhida pela atriz era prateada e tinha forma de meia-lua e cílios, bem diferente dos modelos considerados cafona de antigamente.

Por aqui, quem apostou em versões bem-humoradas foi a designer Ellen Trindade, da Andrômeda. A marca baiana, que há anos produz o acessório, trouxe na última coleção um modelo divertido em forma de olho. “Elas tinham um público específico que cresceu depois que virou moda. E também porque muita gente percebeu que ela é uma peça prática, que deixa as mãos livres para segurar um copo, o cigarro, o paquera”, brinca.

A grafiteira Sista Katia é do time que vai de pochete para a rua. “Gosto pela praticidade de ficar com as mãos livres e pela segurança de ter meus documentos - e meu glitter - presos ao corpo”, acredita. “Além de ser um acessório lindo e superfácil de combinar com looks do Carnaval, short jeans, croppeds e tênis”, dá a dica.

Candida Specht é outra designer baiana que trouxe a pochete para suas coleções. “Ela é prática e segura porque não tem alça, fica próxima ao corpo e tem um tamanho que permite levar o essencial”, avalia. Os modelos que cria trazem estampas vibrantes. “A ideia é que a pochete seja também um acessório de moda, além do utilitário, já que ela saiu do cafona e virou trend”, diz a criadora. Para Candida, a empatia com a peça não vai ser efêmera como um amor de Carnaval: “Ela veio para ficar”, acredita.

Prática e descolada, pochete vira a queridinha deste Carnaval