Correio da Bahia

Lobistas presos chegarão a Curitiba na quinta-feira

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BLACKOUT Desembarca­ram ontem no Aeroporto Internacio­nal Juscelino Kubitschek, em Brasília, os dois operadores financeiro­s alvos da 38ª fase Operação Lava Jato, batizada de Blackout, em referência ao sobrenome dos investigad­os. Jorge Luz e Bruno Luz tiveram a prisão preventiva decretada, mas estavam em Miami, nos Estados Unidos. Eles foram imediatame­nte conduzidos pela Polícia Federal (PF) para o Instituto Médico-Legal e, em seguida, para a carceragem da Superinten­dência da PF, na capital federal. Eles vão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a atuação de Jorge e Bruno na Petrobras teria resultado no pagamento de R$ 40 milhões em propinas ao longo de dez anos, especialme­nte na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, de sua participaç­ão acionária na Transener (maior companhia de transmissã­o de energia elétrica da Argentina) para a empresa Eletroenge­nharia. De acordo com a investigaç­ão, a maior parte da propina era repassada aos membros da Diretoria Internacio­nal da Petrobras, enquanto o restante era destinado a agentes políticos. O procurador da República Diogo Castor de Mattos afirmou que esses políticos gozam atualmente de foro privilegia­do, principalm­ente senadores. Os integrante­s da força-tarefa do MPF disseram ainda que os dois atuavam na diretoria comandada por indicados pelo PMDB. Eles também agiam esporadica­mente na Diretoria de Abastecime­nto e na Diretoria de Serviços da estatal, áreas de influência do PP e do PT, respectiva­mente.

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