Correio da Bahia

Mesmo fraca, chuva chega a Morrinhos três dias após São José

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ESPERANÇA Três dias depois dos moradores de Morrinhos, distrito na zona rural de Feira de Santana, celebrarem o dia de São José e pedirem ao padroeiro por chuva, ela chegou - pouco, mas chegou. Na manhã de ontem, a cidade registrou chuva fraca, mas ainda assim bem-vinda. O céu da cidade está nublado, e os lavradores acreditam que haverá mais chuva durante a madrugada. Morrinhos foi um dos locais visitados pelo CORREIO durante o especial Vozes da Seca e revisitado no último final de semana, por conta dos festejos de São José. A região está sofrendo com a seca prolongada há meses e, por conta da estiagem, o plantio, que deveria ser feito em dezembro, foi adiado. A lavradora Isabel Cristina Soares, 65 anos, contou que a chuva de ontem não foi suficiente para fazer o plantio, mas alimentou as esperanças de quem sofre com a seca. “A chuva começou a cair por volta das 7h e parou quase às 11h, foi uma chuva fraca, então, não ajudou muito. Não deu para plantar, porque tudo continua muito seco. O céu está nublado, e a gente espera que ela venha mais forte durante a madrugada”, contou Isabel. A agricultor­a Antonieta Batista, 78, disse que estava esperando por uma chuva mais forte. “A chuva de hoje (ontem) baixou a poeira, apenas. O jeito é continuar pedindo a Deus que ela venha mais forte nos próximos dias”, disse. No dia 11 deste mês, os moradores fizeram uma procissão com a imagem de São José, saindo da capela, na Praça de Morrinhos, até a fazenda de Osmundo, a cerca de quatro quilômetro­s dali e onde o santo foi deixado. Mais de 50 lavradores participar­am do cortejo e seguiram rezando e pedindo por chuva. Em Sobradinho, no Norte do estado, a Agência Nacional de Águas (ANA) autorizou que a Companhia Hidrelétri­ca do São Francisco (Chesf) realize testes de redução da vazão do reservatór­io em duas etapas: a primeira terá meta diária de 650 m³/s e a segunda, 600 m³/s - a vazão já tinha sido reduzida para 700 m³/s em novembro do ano passado por conta da estiagem. Cada etapa de testes terá duração mínima de cinco dias. A Chesf deverá apresentar, no prazo de dez dias após a finalizaçã­o das duas fases, um relatório com a descrição dos resultados observados.

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