Correio da Bahia

Câmara aprova terceiriza­ção em empresa privada e no setor público

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IRRESTRITA A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, projeto de lei de 19 anos atrás que permite terceiriza­ção irrestrita em empresas privadas e no serviço público. A proposta também amplia a permissão para contrataçã­o de trabalhado­res temporário­s, dos atuais três meses para até nove meses, sendo seis meses, renováveis por mais três. O texto principal do projeto foi aprovado por 231 votos a 188 quorum menor do que os 308 votos mínimos necessário­s para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC, como a da reforma da Previdênci­a). Houve ainda oito abstenções. Os deputados começaram ontem mesmo a votar os destaques ao projeto. Na votação, a Câmara não pode incluir inovações no texto. Isso porque a proposta, de 1998, já tinha passado uma vez pela Casa, em 2000, e pelo Senado em 2002. Com isso, deputados só puderam escolher se mantinham integral ou parcialmen­te o texto aprovado pelo Senado ou se retomavam, integral ou parcialmen­te, a redação da Câmara. O texto final aprovado, que seguirá para sanção do presidente Michel Temer, autoriza terceiriza­ção em todas as atividades, inclusive na atividade-fim. Atualmente, jurisprudê­ncia do Tribunal Superior do Trabalho (TSE) proíbe terceiriza­r atividade-fim da empresa. Por exemplo, um banco não pode terceiriza­r os atendentes do caixa. No caso do serviço público, a exceção da terceiriza­ção será para atividades que são exercidas por carreiras de Estado, como juízes, promotores, procurador­es, auditores, fiscais e policiais. Outras funções, mesmo que ligadas à atividade-fim, poderão ser terceiriza­das em órgãos ou empresas públicas.

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