MPF denuncia sete por propina em Angra 3
ELETRONUCLEAR A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou ontem cinco ex-executivos da Eletronuclear, já presos preventivamente, e dois sócios da VW Refrigeração pela suposta lavagem de R$ 2,38 milhões. O caso é um desdobramento da Operação Pripyat, deflagrada no ano passado, para aprofundar as investigações de corrupção e lavagem de dinheiro na construção usina de Angra 3. Os sete denunciados são acusados de movimentar e dissimular a origem de recursos destinados às obras da usina. O Ministério Público Federal diz que foram feitos pelo menos 27 saques não identificados e depósitos entre 2010 e 2016 na conta dos executivos. Ele já tinham sido denunciados anteriormente por corrupção e lavagem de dinheiro. A nova denúncia ocorre com os desdobramentos das investigações. Inicialmente, o MPF acreditava que o esquema entre a construtora Andrade Gutierrez e a VW atendia apenas ao ex-superintendente de construção da Eletronuclear José Eduardo Costa Mattos. Agora, os procuradores dizem que a ação ilegal também beneficiava os ex-dirigentes da estatal Edmo Negrini (Administração e Finanças), Luiz Soares (diretor técnico), Luiz Messias (Superintendência de Gerenciamento de Empreendimentos) e Pérsio José Gomes Jordani (Planejamento, Gestão e Meio Ambiente). Além deles, foram acusados os empresários Marco Aurélio Barreto e Marco Aurélio Vianna, sócios da VW Refrigeração.