Estudos da Fiocruz-BA aguardam por R$ 12 mi
Só no Instituto Gonçalo Moniz, braço da Fiocruz na Bahia, mais de R$ 12 milhões aguardam para serem liberados entre eles, R$ 1,5 milhão de uma pesquisa do médico e pesquisador baiano Mitermayer Galvão Reis, que estudaria os efeitos do vírus da zika em bebês nascidos de mães expostas à doença. “A situação mais grave é a da microcefalia, mas ele pode desenvolver alterações oculares, neurológicas, auditivas, motoras, que, às vezes, podem passar despercebidas”.
Reis ainda tem outra importante pesquisa que não saiu do papel. Ele aguarda o repasse de parte de R$ 930 mil para começar um estudo sobre esquistossomose em Salvador. Seriam analisados todos os mananciais hídricos da cidade para identificar caramujos contaminados com o verme Schistosoma. Os benefícios do estudo, segundo o médico, seriam o mapeamento de área de risco da doença e o teste de um novo e mais preciso método de diagnóstico da enfermidade, através da análise da urina.
Outras pesquisas que estão ameaçadas são as coordenadas pelo laboratório da professora Tânia Fischer, o Centro de Desenvolvimento Territorial e Gestão Social (Ciags). Atualmente, ela tem seis projetos em andamento financiados com recursos da Fapesb. Tânia recebeu a primeira parcela desse valor no início do ano e depois não viu mais a cor do dinheiro.
Por conta da falta de recursos, ela teve de suspender um estudo sobre a importância dos mestrados profissionais para a criação de tecnologias de gestão social e outro que visava o apoio e implantação dos núcleos de pesquisa de desenvolvimento territorial em diferentes regiões da Bahia.
Trombose A pesquisadora Marilda Gonçalves, da Fiocruz, tem problemas nos repasses para pesquisar a relação entre anticoncepcionais e trombose.
Desenvolvimento Há atrasos nos repasses para trabalho sobre Núcleos de Pesquisa e Desenvolvimento Territorial.
Ciência como Cultura O pesquisador Olival Freire, da Ufba, está com repasses atrasados para uma pesquisa sobre História e Filosofia no currículo de Ciências.