Correio da Bahia

Câmara rejeita tramitação urgente de projeto da reforma trabalhist­a

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SEM CELERIDADE O plenário da Câmara dos Deputados derrotou o governo, na noite de ontem, ao rejeitar um requerimen­to assinado por 13 líderes partidário­s pedindo regime de urgência para apreciação do projeto da reforma trabalhist­a. A manobra daria celeridade à tramitação da proposta, mas não alcançou o número necessário para ser aprovada. Foram 230 votos a favor, 163 contrários e uma abstenção. A votação foi comemorada pela oposição, que se articulou e aproveitou que menos de 400 deputados estavam presentes na sessão. “Com a Previdênci­a também será assim”, avisou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). “O governo Temer registrou uma grande derrota”, disse Afonso Florence (PT-BA). A sessão foi marcada por protestos da oposição, uma vez que a medida interrompe­ria o prazo de apresentaç­ão de emendas na comissão especial e as propostas de alteração no projeto só poderiam ser apresentad­as na votação em plenário. O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), pediu a suspensão da votação por considerar que a não apresentaç­ão de emendas na comissão seria “desrespeit­osa” com os membros do colegiado. “Consideram­os que está se tolhendo a tramitação normal do projeto”, criticou. “Votar a urgência hoje é um atropelo”, concordou o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Questões de ordem da oposição questionan­do a votação da urgência foram ignoradas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), até o início da noite, quando ele percebeu o risco de derrota para o governo. Diante da pressão da oposição, Maia propôs um acordo para manutenção do prazo de emendament­o do texto substituti­vo na comissão especial até hoje.

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