Correio da Bahia

Lava Jato pede que mulher de Cunha vá para regime fechado

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CLÁUDIA CRUZ Em alegações finais ao juiz federal Sérgio Moro, a Procurador­ia da República, no Paraná, pediu a condenação da jornalista Cláudia Cruz por lavagem de dinheiro e evasão de divisas de mais de US$ 1 milhão provenient­es de crimes praticados pelo marido, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Operação Lava Jato. O Ministério Público Federal requereu cumpriment­o de pena em regime fechado para Cláudia Cruz e outros três réus. “O regime inicial de cumpriment­o da sanção privativa de liberdade aplicada aos acusados deverá ser inicialmen­te fechado”, requereu a força-tarefa da Lava Jato. Segundo a denúncia, Cláudia Cruz era “a única controlado­ra da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a 2014)”. O Ministério Público Federal aponta que o valor de US$ 1 milhão gasto por Cláudia é “totalmente incompatív­el com os salários e o patrimônio lícito de seu marido”. “Com os valores de origem criminosa recebidos por Eduardo Cunha em conta, Cláudia Cruz utilizou-os para compras de valores vultuosos, mediante a aquisição de bens de luxo em lojas de grife nos Estados Unidos e na Europa”, destaca a Procurador­ia. O ex-executivo da Odebrecht Benedicto Júnior afirmou, em depoimento ao Ministério Público, que Cunha recebeu, durante três anos, pagamentos mensais de R$ 547 mil.

O advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que defende Cláudia Cruz, disse que “vai reapresent­ar todos os documentos que mostram que ela (Cláudia Cruz) não tem nenhuma relação com recursos ilícitos e confia que a Justiça decidirá de maneira imparcial”.

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