Facção toca fogo em 14 ônibus e ameaça explodir prédios públicos
FORTALEZA Fortaleza e região metropolitana viveram, ontem, mais uma onda de ataques a ônibus. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, 14 veículos foram alvos de ataques incendiários. O governo considera a ação uma retaliação pela transferências de detentos dos presídios. O Sindicato das Empresas (Sindiônibus) informou que um motorista sofreu queimaduras. “Os trabalhadores do transporte e empresários do setor estão aterrorizados”, afirmou a entidade em nota oficial. Por meio de carta deixada em um dos ônibus incendiados, assinada pela facção Guardiões do Estado, bandidos ameaçam explodir a Assembleia Legislativa do Ceará e a sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social. No texto, o grupo diz que se o governo “mexer com as unidades prisionais igual estão fazendo, iremos parar o Estado do Ceará e explodir a Secretaria da Segurança. E aquele aviso na Assembleia Legislativa do carro-bomba vamos fazer valer dessa vez”. Ainda na carta é dito que o Ceará viverá um mês de terror, com atentados e explosões de prédios públicos. “Todos os inocentes serão mortos. Iremos atacar os órgãos públicos e parar o Estado. Os funcionários do governo que não saiam de suas casas, pois poderão sofrer nessa guerra”. Em consequência dos ataques, estabelecimentos optaram pelo fim do expediente mais cedo. O Centro Universitário Estácio de Sá, por exemplo, dispensou, no turno da noite, professores e alunos. Também foi cancelada uma corrida de rua e empresas de transporte chegaram a retirar os ônibus de circulação em diversos bairros.