Familiares e amigos protestam por morte de adolescente no Cabula
PROTESTO O corpo do adolescente Guilherme dos Santos Pereira da Silva, 17 anos, foi sepultado na tarde de ontem no cemitério da Quintas dos Lázaros, na Baixa de Quintas. Em seguida, familiares e amigos de Guilherme fizeram uma caminhada em um protesto pela morte do jovem, em Pernambués. O corpo dele foi encontrado no terreno do restaurante Paraíso Tropical, no Cabula, na última quarta-feira, depois de passar dois dias desaparecido. Cerca de 150 pessoas assistiram ao sepultamento, algumas delas foram vestidas com camisas com a foto de Guilherme. A mãe dele, a dona de casa Rosilândia Santos, teve dificuldade para caminhar e precisou de apoio para chegar à capela. Segundo o pai do adolescente, Edmundo Silva, o laudo da perícia apontou que Guilherme foi agredido antes de ser morto. “Meu filho ficou desfigurado. Recebeu muitas porradas na cabeça e teve as digitais e os braços queimados, além de ter sido baleado. O laudo da perícia diz que a morte foi provocada por traumatismo craniano e arma de fogo. É muito duro”, disse. Edmundo contou que Guilherme foi reconhecido por uma cicatriz. O corpo de Guilherme foi sepultado sob aplausos e os gritos de “justiça!”. Depois, cerca de 50 pessoas fizeram uma caminhada pacífica. O grupo saiu do fim de linha de Pernambués – onde Guilherme morava – caminhou pela Rua Escritor Édison Carneiro e retornou para o ponto inicial. A manifestação durou cerca de 30 minutos.