Correio da Bahia

Servidor com dados bancários de empresa na Suíça chega ao Brasil

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LAVA JATO Uma cópia do servidor com 2 milhões de páginas de documentos, e-mails e provas de transações bancárias das atividades suspeitas da construtor­a Odebrecht já está em Brasília. Os dados guardados pela empreiteir­a na Suíça passam atualmente por uma “preparação” para que possam ser usados pelos procurador­es da Operação Lava Jato e pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O conteúdo é tratado pelos procurador­es da força-tarefa como uma espécie de “caixa-preta da República”, contendo todos os pagamentos de propinas pela construtor­a pelo mundo. Entre as informaçõe­s que estariam guardadas neste servidor estão, segundo os delatores e investigad­ores, os registros de pagamentos para a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2010. Os dados vão ajudar no cruzamento de informaçõe­s com os inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) relacionad­os às delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht. A expectativ­a da Procurador­ia-Geral da República (PGR) é de obter comprovant­es de pagamentos, tabelas de transferên­cias e extratos bancários. As defesas de políticos investigad­os têm minimizado o conteúdo das acusações.

Até agora, há registro de mil relações bancárias ligadas à Odebrecht em contas na Suíça, com o bloqueio de US$ 1 bilhão. Pelas movimentaç­ões da construtor­a, US$ 635 milhões passaram pelas contas secretas.

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