Correio da Bahia

Candidatos tomam posições após o ataque

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Candidatos à Presidênci­a da França aproveitar­am o ataque de anteontem à noite em Paris, para defender suas posições, em uma tentativa de ganhar vantagem antes da votação que acontece amanhã em todo o país. Os principais candidatos cancelaram eventos de campanha agendados para ontem e comentaram o assunto, desencadea­ndo uma disputa com o governo do atual presidente François Hollande, após alguns defenderem medidas radicais para conter a onda de ataques terrorista­s que atingiram o país nos últimos anos.

Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Frente Nacional, pediu uma repressão abrangente. Ela defendeu que o governo bloqueie imediatame­nte as fronteiras da França e detenha ou deporte pessoas cujos nomes aparecem nas listas de vigilância do terror. Se eleita presidente, Le Pen disse que irá apertar as regras sobre imigração, refugiados e cidadania francesa. “As guerras são conquistad­as apenas com consistênc­ia e coerência. A guerra implacável que devemos travar contra o islamismo não escapa a este princípio”.

O primeiro-ministro Bernard Cazeneuve rejeitou a insinuação de Le Pen de uma ligação entre a imigração e o ataque, que foi realizado por um cidadão francês, Karim Cheurfi. “Le Pen está tentando transforma­r esse ataque em uma oportunida­de eleitoral medíocre”, disse Cazeneuve.

O conservado­r François Fillon fez eco às palavras de Le Pen, prometendo tirar a nacionalid­ade de indivíduos ligados a organizaçõ­es terrorista­s. “Alguns parecem não ter entendido totalmente a extensão do mal contra o qual pretendo lutar com um punho de ferro”. Já o centrista Emmanuel Macron pediu que os eleitores não sejam influencia­dos pelo medo “Fundamenta­lmente, o alvo é a democracia, nossa coesão”.

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