Vaga na mão
O momento mais esperado do primeiro semestre finalmente chegou. A partir de agora, não haverá mais chance para erros. Hoje, às 16h, o Bahia recebe o Fluminense de Feira, na Fonte Nova, em busca da classificação para a final do Campeonato Baiano.
E esse é apenas um dos vários jogos decisivos que o tricolor terá pela frente nos próximos dias. Na quinta-feira (27) e no domingo (30), haverá os Ba-Vis das semifinais da Copa do Nordeste e, caso a dupla da capital chegue à final do estadual, serão mais dois clássicos nos dias 3 e 7 de maio. Ou seja, quatro Ba-Vis no período de dez dias.
Para o técnico Guto Ferreira, o momento é de ajustar os mínimos detalhes antes de encarar a sequência que está por vir e, até mais do que a forma técnica e física, trabalhar o lado emocional dos jogadores. “Equilíbrio. Trabalhar bastante o equilíbrio, ajustes, estratégia, detalhes da estratégia e que a gente possa conseguir, na hora de juntar tudo aí, ter resultados positivos”, explica o treinador tricolor.
Ainda que durante a semana os atletas tenham demonstrado nas entrevistas que os Ba-Vis já estão na cabeça, Guto tratou de garantir que o grupo está focado no Fluminense, apesar da vantagem de 3x0 conquistada no jogo de ida, que permite ao tricolor perder por até três gols de diferença para chegar à decisão.
“Não, cara. Por incrível que pareça a cabeça está no Fluminense. A partir da hora que acabar, a gente conseguindo o objetivo que é passar do Fluminense, vamos pensar no próximo. Cada um no seu tempo. Cada momento no seu momento”, pondera.
ESCLARECIMENTO
Depois de se irritar com alguns torcedores que o xingaram no jogo em Feira de Santana, Guto esclareceu o ocorrido na semana passada. O comandante tricolor chegou a chamar os torcedores de imbecis na entrevista coletiva após o triunfo por 3x0 no Joia da Princesa.
“Vamos colocar a situação bem clara para que não fique dúvidas. Primeiro, não é o torcedor do Bahia. Quando a gente fala torcedor, a gente generaliza e em momento algum estou chateado com o torcedor do Bahia. O que acontece é você trabalhando e alguém te ofendendo moralmente. São alguns elementos que não vão pra torcer, vão para criar um ambiente de desconforto ao treinador. E, se realmente eles fossem torcedores do Bahia, estariam fazendo isso para o adversário”, argumentou.
Apesar de ter se chateado, Guto lembrou que, desde que chegou ao clube, nunca discutiu com torcedor algum. “Até agora, são dez meses aqui e não fui para uma discussão. Fiz uma reclamação e não fui para uma discussão. Sinal que tenho tentado ao máximo controlar, mas a gente é ser humano também. Tem momentos que não dá, quando o cara fala coisas que ferem o teu brio. Acho que me controlei bastante até. Peço desculpas pela situação, algo que não gostaria de ter vivenciado, ou até falado, mas aconteceu”, finalizou.
Bahia encara o Flu de Feira para garantir vaga na final do estadual