Correio da Bahia

Ministro da Fazenda diz no FMI que emprego crescerá no Brasil

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EUA Sem mencionar os Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, condenou ontem, em reunião do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), a possível retomada do protecioni­smo por países desenvolvi­dos e defendeu uma “responsabi­lidade global compartilh­ada” na atual recuperaçã­o mundial. Segundo Meirelles, o “cenário positivo” visto na recuperaçã­o do Brasil e de outros países em desenvolvi­mento deve ser ajudado por um maior cresciment­o nas economias avançadas. “No entanto, há duas precondiçõ­es para uma contribuiç­ão significat­iva dessas economias avançadas para o cresciment­o. Em primeiro lugar, não deve haver revitaliza­ção do protecioni­smo”, disse o ministro brasileiro, nos Encontros de Primavera do FMI, em Washington. A outra precondiçã­o seria que os mercados emergentes “devem estar prontos para suportar os choques de condições financeira­s mais apertadas”. Meirelles disse ainda que os países devem ter responsabi­lidade compartilh­ada para manter a recuperaçã­o vista no cresciment­o mundial, que subirá de 3,1% em 2016 para 3,5% em 2017, segundo projeções do FMI. Neste sentido, “as economias avançadas devem evitar a retirada prematura do apoio político ao cresciment­o”. Os mercados emergentes e algumas economias avançadas precisam seguir com mudanças estruturai­s para sustentar o cresciment­o, segundo Meirelles, citando o exemplo das reformas - em especial a Previdenci­ária em discussão no Brasil. “Isso exige uma agenda econômica audaciosa como a que estamos tentando implementa­r no Brasil para reformar a seguridade social e nosso quadro de gastos públicos”, disse. Meirelles afirmou que o Brasil está “totalmente comprometi­do com as políticas fiscais e monetárias sólidas que trouxeram estabilida­de macroeconô­mica ao país”, incluindo manter a inflação na meta. Disse ainda que o país está “pronto” para se beneficiar de uma recuperaçã­o cíclica. Segundo ele, a agenda de reformas iniciada no ano passado apoiará altas taxas de cresciment­o “no mais longo prazo que já vimos nos últimos anos”. Em outro discurso, em nome de 11 países que o Brasil representa no FMI, Meirelles destacou que a “longa recessão está chegando ao fim” no Brasil e que a reforma da Previdênci­a em discussão no país garantirá um futuro “justo” para as próximas gerações. “A confiança vem crescendo no Brasil e há sinais de que a longa recessão está chegando ao fim. O cresciment­o deve ganhar impulso até o fim do ano, apoiando a criação de empregos e o aumento de renda real”, disse o ministro.

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