Correio da Bahia

‘Não vamos mais ceder na reforma da Previdênci­a’, diz Rodrigo Maia

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CATEGORIAS Em meio à pressão de diversas categorias por regras mais brandas para aposentado­ria, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo não vai mais “ceder” na reforma da Previdênci­a. Segundo ele, o parecer apresentad­o pelo relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA), na semana passada, não passará por novas alterações para atender a pedidos de categorias, como a dos servidores públicos. “Não haverá mais mudança no texto do relator. Não vamos mais ceder. Vamos com esse texto para ganhar ou perder”, declarou. Na avaliação dele, “qualquer novo recuo é demagógico e irresponsá­vel”. “Temos responsabi­lidade com o Brasil e com as futuras gerações. Quebraram o Brasil. Não queremos que os aposentado­s do INSS e servidores federais passem pelo drama dos servidores do Estado do Rio”, afirmou Rodrigo Maia. O presidente da Câmara admitiu que o governo não tem hoje os 308 votos mínimos necessário­s para aprovar no plenário a reforma, que será votada por meio de uma emenda constituci­onal. Mas disse acreditar que, no dia da votação, o texto será aprovado. “Hoje perdemos, mas, a partir de maio, já estaremos com 330 votos”, afirmou. Em relação à estratégia do governo para alcançar esse placar, Maia disse que há “um novo texto, vamos trabalhar e mostrar a importânci­a de aprová-lo”. A pressão por novas mudanças no relatório da reforma da Previdênci­a deve subir de temperatur­a ao longo desta semana com a guerra declarada dos servidores. Duas alternativ­as de mudanças já estão na mesa de negociação para reverter em parte o endurecime­nto das regras de aposentado­ria dos servidores públicos, admitem lideranças governista­s e até mesmo integrante­s do governo que participam diretament­e da negociação. A estratégia do governo é sim atrasar a aposentado­ria dos servidores, mas não com um “castigo tão duro”, como o que foi colocado no texto apresentad­o pelo relator. Em reação a essas regras, os servidores prometem protestos em Brasília ao longo da semana. Com isso, o relator Arthur Maia está tendo de reavaliar a regra de transição de servidores públicos, após ter “comprado uma briga” com a categoria.

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