Orquestra Infantil da Bahia tem inscrições abertas
Como parte do calendário de comemorações dos dez anos do Neojiba, estão abertas as inscrições para a Orquestra Infantil da Bahia – Edição 2017. Os interessados têm até 7 de maio para disputar uma vaga no projeto especial que visa a formação de uma orquestra sinfônica, com cerca de 100 crianças e adolescentes de todo o estado da Bahia, com até 15 anos de idade. Os selecionados participarão de uma residência de dez dias em Salvador, com ensaios intensivos, aulas e outras atividades, além da realização de dois concertos no Teatro Castro Alves e na Concha Acústica, em outubro. Os interessados devem acessar o edital disponível no site neojiba.org e estudar o repertório obrigatório indicado no documento. A avaliação dos candidatos será feita através de vídeo, que deve ser gravado e enviado de acordo com as instruções descritas no edital. Além da Orquestra Infantil, cinco orquestras regionais estão sendo formadas no interior do estado da Bahia. O pianista e maestro baiano Ricardo Castro, 52, diretorfundador do Neojiba, avalia os dez anos do programa que se tornou referência e está prestes a ter uma sede. “Temos um tesouro nas mãos”, diz Ricardo, ao defender a cultura como prática transformadora. A única meta não cumprida foi a sede principal, mas estamos trabalhando para que isso se resolva nos próximos 12 meses. Estamos prontos para iniciar as obras no Parque do Queimado [na Liberdade], em 60 dias. Foi um processo longo e demonstra que o Neojiba tem sido um milagre cotidiano. Você caminha em Salvador e vê um jovem saindo do Bairro da Paz com um fagote nas mãos, isso é muito ficção científica. Ninguém acreditaria no que aconteceu. A gente só tem o que festejar. tem respeitabilidade internacional, é referência. Temos um tesouro nas mãos e a gente espera que esse momento crítico do país não afete nosso caminho de forma grave. Em 2007, eu me encontrava com uma carreira consolidada como pianista, residente na Europa há mais de 20 anos, já tendo vivenciado o que a gente pode chamar de patamar mais alto da carreira de músico. Mas o vazio que me acompanhava vinha do fato de saber que tinha resolvido a minha vida, mas a do meu país continuava muito aquém das capacidades. O fato de ter visto o resultado do El Sistema, na Venezuela, foi que me deu coragem de tentar convencer as pessoas para que programas semelhantes fossem implantados aqui.