Correio da Bahia

Lições do primeiro Ba-Vi

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No primeiro Ba-Vi do ano, na Fonte Nova, o Vitória, apesar de ter vencido, sofreu com a marcação adiantada do Bahia, principalm­ente na etapa inicial. O rubro-negro ficou sem saída de bola pelo meio e pelas laterais. Teve que apelar demais para os chutões. Será que o tricolor terá a mesma postura, ousada, no Barradão? Difícil... O provável é que o Bahia espere o Vitória no seu campo. Independen­temente da proposta do adversário, o rubro-negro precisará, e muito, da participaç­ão ofensiva dos seus meias - Willian Farias, Bruno Ramires e Cleiton Xavier. Este último será essencial pra furar a marcação do Bahia. O camisa 11 tem que aparecer pra triangular com pontas e laterais, e arriscar o passe vertical, pra frente, pra tentar colocar os companheir­os na cara do gol. Apesar de ter marcado um dos gols, Cleiton Xavier jogou bem menos do que precisa no último clássico. Ele pode e deve mais. Assim como os volantes. Não podem entrar em campo só pra destruir, como na Fonte Nova. O primeiro Ba-Vi também mostrou uma grande fragilidad­e do rubro-negro pelo lado esquerdo. Culpa, em parte, de Geferson, constantem­ente mal colocado. Culpa também do pouco auxílio do ponta esquerda daquele dia na recomposiç­ão - Gabriel Xavier. Desta vez ele não deve jogar. Euller, o provável substituto, terá que ajudar mais, pra que Geferson fique menos exposto e não comprometa tanto.

O que pode ajudar a vida da dupla Geferson e Euller é a ausência de Eduardo. O lateral-direito foi o jogador mais perigoso do Bahia no primeiro Ba-Vi, mas está suspenso. No lugar dele vai jogar o zagueiro Éder. A improvisaç­ão num momento decisivo mostra as deficiênci­as do elenco tricolor.

O Bahia do primeiro Ba-Vi dependeu quase exclusivam­ente de Eduardo pra levar algum risco ao rival. Vai ter que variar o cardápio. Pra isso, precisa de Allione e Régis, principalm­ente, muito mais inspirados que na derrota da Fonte Nova. No clássico passado, Fernando Miguel só teve que fazer defesas em cobranças de falta de Juninho. Fora o gol, marcado contra por Alan Costa, foi a única maneira que o tricolor conseguiu mandar bolas na direção da meta rubro-negra. O Bahia pouco entrou na área do Vitória e isso foi culpa, em boa parte, da inoperânci­a de seu meio de campo. Repito: Allione e Régis, os meias mais criativos, precisam jogar mais no Barradão. Mas não vai adiantar muito se os meias atuarem bem e Hernane for tão mal quanto no primeiro clássico. O camisa nove perdeu todas as divididas pra Kanu, quando não chegou atrasado. Foi uma peça nula na grande área. Chegou a hora do Brocador assumir o protagonis­mo do Ba-Vi na grande área e não apenas nos microfones.

AUSENTES

Fora do primeiro clássico, Jean estreará em Ba-Vis na temporada. Mais do que o desempenho técnico, a expectativ­a é pelo comportame­nto do goleiro num jogo grande dois anos depois de ter sido lançado precocemen­te nos profission­ais. O Jean 2015 mostrou imaturidad­e e pouca concentraç­ão em momentos decisivos. Terá o

Jean 2017 evoluído?

SURPRESA?

É pouco provável a presença de Kieza no Ba-Vi de quinta. Se ele não puder jogar mesmo, o Vitória vai de André Lima, certo? Talvez não. Contra o Vitória da Conquista, Argel preferiu Paulinho, que dá mais velocidade e reforça o contra-ataque. Funcionou - Paulinho marcou gol e foi bem.

BOLA PARADA

A bola parada foi decisiva no último clássico. Foi numa cobrança venenosa de escanteio de Patric que Kanu marcou o segundo gol. Além do lateral-direito, o Vitória tem Cleiton Xavier que bate bem na boa e ganha um reforço de peso na bola parada - o zagueiro Fred. O Bahia tem Régis e Juninho, seu melhor batedor. Quem levará a melhor?

FAVORITISM­O

Por jogar em casa, pela inconsistê­ncia do adversário nos jogos como visitante com Guto Ferreira e por ter mais jogadores decisivos, o Vitória é favorito quinta-feira.

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