Um triste desfecho
Depois de três meses, o mistério sobre o desaparecimento da menina Gabrielly Gomes Santana, 7 anos, chegou ao fim. Segundo a polícia, um crânio encontrado em Feira de Santana, um mês após o sumiço da criança, é de Gabrielly. Os ossos estavam no bairro de Feira IX, no mesmo município em que ela morava. O resultado da perícia foi concluído na última terça-feira e apresentado ontem pela polícia.
Confrontada com o desfecho do caso de desaparecimento - que agora virou um caso de assassinato - a mãe da criança, Jeisa Gomes, disse, em entrevista à TV Subaé, emissora da Rede Bahia, não acreditar que o crânio seja da sua filha e afirmou ter esperanças de encontrar Gabrielly ainda viva.
Segundo o titular da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Feira de Santana), João Uzzum, foram encontrados vários fragmentos de ossos no local e o exame do setor de genética do Departamento de Polícia Técnica (DPT) confirmou que parte do crânio é da menina.
“Agora, o departamento de antropologia vai investigar se o restante dos ossos encontrados também são dela. Os ossos estavam com partes carbonizadas”, afirmou o delegado. A polícia informou que tem um suspeito do crime, mas o nome não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.
DESAPARECIMENTO
Gabrielly acordou cedo no dia em que seria sequestrada. Era uma manhã de sábado e a menina estava na casa da avó, Maria Glória Gomes, 57, porque a mãe dela, a babá Jeisa Gomes, 30, estava trabalhando. Depois de pedir permissão, a menina desceu as escadas e foi brincar na porta de casa. Segundo testemunhas, ela sempre ficava com outras crianças, mas, nesse dia, estava sozinha.
Maria da Glória contou que estava lavando o banheiro quando chamou pela menina e ela não respondeu. “Então, eu fui na porta e só vi as sandálias e o brinquedo da minha neta. Nessa hora me desesperei”. Era por volta das 9h30.
Os familiares saíram com vizinhos procurando por Gabrielly no condomínio. Quando perceberam que ela estava desaparecida, procuraram a 2ª Delegacia para registrar o sumiço. Além das equipes da delegacia, os investigadores da 1ª Coorpin também foram acionados e passaram a apurar o desaparecimento da criança.
O caso aconteceu no condomínio Solar da Princesa, no bairro Gabriela. Segundo a polícia, os investigadores ficaram surpresos com o sequestro porque o local não é considerado dos mais violentos da cidade. Testemunhas disseram ter visto um carro suspeito rondando o condomínio. Segundo os vizinhos, o veículo Corsa, de cor prata, passou algumas vezes na frente da casa, fez o retorno e parou próximo da criança. Eles não souberam dizer, no entanto, se alguém desceu do carro e levou a menina.
Crânio encontrado em um terreno pertence a menina desaparecida
PISTAS
Cerca de 10 dias após o desaparecimento, um homem foi preso suspeito de envolvimento no crime, mas foi liberado dias depois por falta de provas que o ligassem ao sumiço de Gabrielly. Enquanto a polícia investigava o caso, familiares da criança organizaram protestos no centro da cidade. Vestidos de branco e carregando balões, faixas e