Heróis, mas nem tanto
O diretor James Gunn atirou no que viu e acertou no que não viu. Em 2014, apostou alto quando lançou o Guardiões da Galáxia, protagonizado por um time de heróis completamente desconhecidos do grande público da Marvel. Mas, sucesso inesperado, aquela divertida aventura, cheia de ritmo e com personagens carismáticos, faturou mais de US$ 770 milhões e teve a impressionante marca de 91% de aprovação no site de críticos Rotten Tomatoes. Ah, ainda contou com o luxo de uma trilha sonora recordista de vendas.
Tudo isso deu moral para James Gunn pensar em mil possibilidades para esse Guardiões da Galáxia 2, cujo roteiro foi iniciado quando ele ainda nem imaginava a imensa bilheteria. “Dessa vez, sem ter de segurar grana, estou fazendo um filme mais profundo e com mais cara de ficção científica. Repetir a fórmula, afinal, iria contra tudo o que a franquia representa”, explica o diretor. Ele anunciou na semana passada que vai escrever e dirigir o terceiro filme dos Guardiões, que indica novos trilhos para o universo cinematográfico da Marvel, com os Guardiões da Galáxia mesclados na turma do Capitão América em Os Vingadores 4.
O astro Chris Pratt, que também nem sonhava com a popularidade de hoje, avalia o que ele e seus colegas de trabalho vivenciam. “Não havia expectativa alguma em torno do primeiro filme. Agora vivemos o oposto. É meio como a síndrome do segundo disco. A pressão é imensa”, diz o intérprete de Peter Quill.
O herói atrapalhado Lorde das Estrelas continua no cerne da história, pois agora conhece o verdadeiro pai, o planeta vivo Ego (Kurt Russell), uma entidade cheia de poderes que se materializa como humano e, assim, pode influenciar muito o destino de Quill.
De acordo com James Gunn, esse é um filme focado nos diferentes níveis de relacionamento entre os personagens. A relação protetora, agora inversa, de Rocket (Bradley Cooper) com Groot (Vin Diesel); a rivalidade entre as irmãs Nebula (Karen Gilian) e Gamora (Zoe Saldana) e até a tensão romântica dessa última com Peter Quill. Dica final: são cinco cenas pós-créditos. Se ligue.