Dez pontos de extração de ametista em Sento Sé são considerados ilegais
VISTORIA Dez pontos de extração de ametista na mina encontrada no povoado de Quixaba, zona rural de Sento Sé, no Vale do São Francisco, foram considerados ilegais pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O órgão é responsável por fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o país. Ao todo foram avaliados 50 pontos, mas a estimativa é de que existam 30 mil deles. O DNPM esteve no local no último dia 19. Foram considerados pontos ilegais e autuados os trabalhadores que estavam extraindo a pedra sem equipamentos de segurança e em jazidas que não contavam com proteções para evitar possíveis desmoronamentos. O órgão, com a ajuda do Ibama, apresentou aos trabalhadores autuados um termo em que os garimpeiros se comprometeram a trabalhar dentro das normas. Dos 50 pontos vistoriados, 40 foram considerados legais. Nos pontos com irregularidades, os trabalhadores deverão encerrar as atividades e trabalhar na construção de proteções das minas. “Nossa intenção não é de acabar com a atividade. Pelo contrário, queremos que os trabalhadores fiquem em alerta para o risco de morte que eles estão correndo. Estamos dando a chance para que eles entrem dentro da legalidade e continuem exercendo a extração”, afirmou o superintendente do departamento, Raimundo Sobreira Filho. Segundo ele, o órgão vai disponibilizar uma área de aproximadamente 200 hectares para exploração das atividades. Desde que as jazidas foram descobertas, nenhuma empresa de mineração se instalou na cidade. “Fizemos um estudo sobre possíveis áreas com grande potencial de extração e vamos disponibilizar para os garimpeiros que estiverem dentro das normas. O local é bem maior do que a área onde está acontecendo as atividades, que é de 20 hectares”, explica. No próximo mês, uma base operacional será montada na cidade com agentes da Polícia Federal (PF), Ibama e Ministério Público para dar continuidade às vistorias. Desde que o minério foi descoberto no local, cerca de 8 mil pessoas se mudaram para Sento Sé. São 4 mil garimpeiros e o resto são pessoas que se beneficiam de forma indireta com a extração do minério.