Governo reduz a meta de inflação e fixa em 4,25% para 2019
NOVOS PADRÕES Após 14 anos com a meta em 4,5%, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu ontem estabelecer uma referência menor para a inflação brasileira. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que a meta de inflação para 2019 será de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo. Isso significa que o Banco Central, em 2019, vai perseguir os 4,25%, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o índice oficial de inflação - poderá ficar entre 2,75% e 5,75%, sem que a instituição tenha descumprido o objetivo.
Para 2020, a meta de inflação perseguida pelo BC será de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o centro da meta será de 4%, mas o IPCA poderá ficar entre 2,5% e 5,5%. Um decreto publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU) determinou que a meta de 2020 também seria decidida na mesma data. Até então, as metas de inflação de cada ano eram sempre definidas até a metade do segundo ano anterior. A partir de agora, serão decididas até o fim de junho do terceiro ano anterior. Ou seja, a meta de 2021 será estabelecida em 2018, e assim por diante. “A finalidade dessa extensão de prazo é porque estamos gradualmente iniciando convergência para padrões internacionais que têm horizontes mais longos. É uma trajetória gradual inclusive de maior ancoragem de expectativas de inflação”, disse Meirelles.
R$ 10 bilhões vão ser liberados pela Caixa, a partir de amanhã, para o ano safra 2017/2018. Agricultores interessados poderão procurar as agências do banco a partir de quarta-feira.