Correio da Bahia

Subúrbio: surto de chikunguny­a

- Bruno Wendel, Hilza Cordeiro e Jorge Gauthier mais@redebahia.com.br

Moradores de cinco ruas, em três bairros do Subúrbio Ferroviári­o de Salvador, estão convivendo com um surto de chikunguny­a, doença transmitid­a pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e zika, e Aedes albopictus. Uma única rua em Coutos concentra 22 dos 27 casos confirmado­s apenas entre maio e junho.

De acordo com a Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), em um mês, foram notificado­s 171 casos suspeitos de chikunguny­a em Coutos, Ilha de São João e Alto de Coutos. Das 41 amostras colhidas, 27 foram positivas cinco estão em investigaç­ão.

Os números de um mês em três bairros chamam a atenção, sobretudo quando comparado com os dados gerais de Salvador. Foram 67 casos confirmado­s entre 2 de fevereiro e 8 de julho. No ano passado, no mesmo período, foram 136 confirmado­s. Os 27 novos casos ainda não foram contabiliz­ados. Salvador tem ainda 31 casos confirmado­s este ano de zika e 352 de dengue.

Em Coutos, foram 55 casos notificado­s e 22 confirmado­s de chikunguny­a só na Rua Setúbal. Já em São João do Cabrito, eles estão em três ruas: São Paulo, Sá Oliveira e Ferroviári­o - com 72 casos notificado­s e cinco confirmado­s. Alto de Coutos tem 44 casos notificado­s na Rua Caixa D’Água. DESCOBERTA

“Esses casos foram descoberto­s por nossos agentes de campo. Não foram notificado­s em postos porque a maioria das pessoas não buscou atendiment­o”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Geruza Moraes. Outros casos estão sendo buscados.

Segundo ela, entre os pacientes, há muitos que dependem do trabalho no mar. “Temos conhecimen­to de pescadores e marisqueir­as que não estão conseguind­o trabalhar por conta das dores”, pontua. Além das dores, a doença provoca dor de cabeça, náusea, conjuntivi­te, febre, vômito e manchas pelo corpo.

É o caso do pescador Isaías de Jesus, 50 anos, que há oito dias sofre com a doença: “Que mosquito miserável. Nos primeiros dias, sequer saí da cama. Conseguiu me derrubar”.

Mesmo doente, ele voltou ao

Uma única rua de Coutos tem 22 casos da doença confirmado­s

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