LULA, TEMER E AÉCIO JÁ FORAM CONDENADOS
Historicamente, um processo político como o que o Brasil vem atravessando resulta sempre em algo novo na política. E esse novo pode vir para o bem ou para o mal. Na Itália, por exemplo, resultou na eleição de Sílvio Berlusconi, o que, convenhamos, não foi bom para os italianos. O processo político que o Brasil está passando também vai desaguar em algo novo na política, não só porque a classe política tradicional sai enlameada desse processo, mas também porque há um movimento nessa direção em todo o mundo.
As eleições de Trump (vade retro!) nos EUA e Macron na França, nomes fora do arco político que se tornaram presidentes, e o surgimento de novos partidos, com ideário bem diferente dos partidos tradicionais, demonstram que há em todo o mundo uma busca pelo novo. Os partidos políticos no Brasil ainda não se deram conta disso e continuam propondo que o passado se candidate nas eleições de 2018, apresentando nomes como Lula, Alckmin, Ciro Gomes ou Marina, mas o eleitor brasileiro quer algo novo.
O ex-presidente Lula, por exemplo, foi completamente desconstruído pelo processo político e pelas denúncias de corrupção – e será mais ainda em uma campanha eleitoral –, e sua condenação pelo juiz Sérgio Moro apenas corrobora essa constatação. Com seu carisma, ele pode até colocar mais emoção nas eleições de 2018, mas fatalmente perderá, se concorrer. Anunciar sua candidatura serve como estratégia de defesa no processo jurídico, não como estratégia política para seu partido. No PSDB, políticos como Aécio Neves e José Serra são nomes carcomidos por uma forma casuística de fazer política e corroídos por todo tipo de denúncias de corrupção.
O PMDB, por outro lado, pensou por um momento que se Temer colocasse a economia nos trilhos, se o Brasil voltasse a crescer e criar empregos, estaria dada a senha para que pudesse se manter no poder. Ledo, engano. O Brasil pode voltar a crescer 7% ao ano e o desemprego cair e, mesmo assim, a popularidade de Temer vai continuar no chão.
Não é mais a economia, estúpido! Pelo contrário, a economia está se descolando da política e o que se vê agora, com Temer completamente enlameado pelas denúncias de corrupção, podendo cair a qualquer momento, é o país exigir a continuidade da política econômica, mesmo com outro presidente.
A verdade é que Lula, Temer, Aécio et caterva já foram condenados pelo povo e representam o passado. Em 2018, a população brasileira vai escolher o novo e nas pesquisas de opinião, sem alternativas, aposta em nomes como Dória e Bolsonaro (vade retro, satanás!) que aparecem nas primeiras posições. Infelizmente, os partidos políticos ainda não perceberam que os brasileiros estão apostando no novo, em um candidato à Presidência que esteja apartado dos grupos tradicionais da política, e, em vez de estar buscando novos quadros, permanecem investindo no passado, e correndo o risco de serem atropelados pelo futuro.