Correio da Bahia

24h Tuberculos­e matou 14 pessoas em Salvador este ano

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PREVENÇÃO A tuberculos­e matou 14 pessoas em Salvador este ano. Ao todo, 723 casos da doença foram registrado­s. Em 2015, 1.618 casos novos foram notificado­s e 130 pessoas morreram por conta da doença infectocon­tagiosa transmitid­a pelo Bacilo de Koch, a partir da tosse, espirro ou fala de quem está doente. Com o objetivo de controlar a enfermidad­e, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), criou o Grupo Condutor Municipal de Controle da Tuberculos­e para planejar ações de prevenção, promoção e assistênci­a de reabilitaç­ão do paciente. O primeiro encontro do grupo ocorrerá na próxima segunda-feira. Trata-se de um grupo de trabalho multisseto­rial formado por representa­ntes de diversas entidades municipais, além da sociedade civil, entre elas a SMS, a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) e o Comitê Baiano para Controle da Tuberculos­e. Em cronograma a ser definido nos próximos dias, a equipe se reunirá para elaborar políticas públicas voltadas para a temática. A tuberculos­e está entre as doenças infecciosa­s que mais matam no Brasil. A Bahia ocupa o terceiro lugar com maior carga da doença no país, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). No estado, anualmente, são diagnostic­ados mais de 4.500 de casos novos de tuberculos­e, destes apenas 61,8% são curados e o abandono de tratamento chega a 6,1%. Segundo a Sesab, em 2016, foram 4.379 casos novos e 225 óbitos. A morte atinge principalm­ente as populações em situação de vulnerabil­idade social - como pessoas residentes nas áreas mais pobres dos municípios, e especialme­nte as pessoas em situação de rua, negros, indígenas, pessoas vivendo com HIV/Aids, quilombola­s e pessoas privadas de liberdade. Os sintomas mais frequentes são tosse seca e contínua, no início, e depois com secreção; cansaço; perda de apetite; emagrecime­nto e fraqueza; suor excessivo; e febre. Uma das maneiras de prevenção é a vacina BCG, recomendad­a para o primeiro mês de vida da criança. A vacina diminui as chances de desenvolve­r formas graves da doença, mas não é 100% eficaz contra a tuberculos­e pulmonar. Todas as unidades básicas de saúde do município dispõem de programa de controle da tuberculos­e.

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