Correio da Bahia

ALEGRIA DIVINAL

- Carmen.vasconcelo­s@redebahia.com.br

Elas estão de volta! Dessa vez, as cinco freirinhas sobreviven­tes da sopa contaminad­a servida no convento da Irmandade Salue Marie precisam arrecadar fundos para o sepultamen­to das quatro irmãs que não foram contemplad­as com o enterro, especialme­nte depois que a madre decidiu comprar um iPhone 7Plus e raspou as economias da ordem religiosa.

Esse é o enredo da peça Noviças Rebeldes que volta aos palcos baianos, depois da primeira versão, que estreou em 1995. Dessa vez, os atores Lelo Filho (presente no elenco desde a primeira temporada), Mário Bezerra, Marcos Barretto, Rodrigo Villa e Lázaro Reinaldo estarão no Teatro Isba, a partir de hoje e até setembro, com direção de Wolf Maia, que repete a parceria após 22 anos.

Primeira montagem mundial com elenco totalmente masculino, a versão baiana realizou mais de 600 apresentaç­ões e conquistou plateias que somam mais de 350 mil espectador­es. O ator Lelo Filho, um dos fundadores da Cia Baiana de Patifaria, conta que essa versão foi totalmente atualizada, inclusive no repertório, coreografi­as e nas homenagens. “Na primeira versão nos anos 90, o desfalque havia sido para comprar um videocasse­te, hoje é um

Para comemorar três décadas de presença marcante na cena teatral baiana, a Cia Baiana de Patifaria remonta um dos grandes sucessos de seu repertório: o musical As Noviças Rebeldes,

novamente com direção de Wolf Maia iPhone prateado”, destaca Lelo, lembrando que o musical, que já fez homenagens à axé music, agora incorporou o funk. As coreografi­as do musical vão desde balé clássico ao sapateado e uma trilha que reúne ritmos como baião, chorinho, axé e funk.

RISOS E TERAPIAS

Para Wolf Maia, o sucesso do espetáculo, que em sua primeira versão chegou a ficar cinco anos em cartaz e foi apresentad­o por duas semanas no St. Clement Theatre, no circuito off Broadway, em Nova York, reside na brincadeir­a com códigos religiosos e com a vaidade. “A comédia é um tipo de comunicaçã­o que chega mais fácil ao brasileiro, num período em que se encontra tão poucos motivos para rir, o gênero chega a funcionar como uma terapia”, defende o diretor.

Wolf Maia acrescenta que o fato da comédia ser inteligent­e e feita por atores muito sérios e competente­s também é outro ponto positivo. “Em cada local onde o espetáculo se apresenta há uma brincadeir­a com os costumes locais e isso cria uma

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