Correio da Bahia

PEQUENAS RAPOSAS NO MARTIM GONÇALVES

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identifica­ção com o público”, completa. Com uma postura parecida, Lelo Filho ressalta que o repertório de piadas chega a mudar nos dias de apresentaç­ão. “É tudo muito dinâmico e rico, talvez isso explique toda essa sobrevida e o sucesso da montagem”, diz.

Vale salientar que a peça Noviças Rebeldes se baseia no musical da Broadway de Dan Goggin, que chegou a vir ao Brasil conhecer a versão masculina de um musical feito para mulheres. “Ele ficou encantando com essa versão tão inusitada”, destaca o diretor. O Teatro Martim Gonçalves apresenta, entre 18 e 27 de agosto, às 19h, o espetáculo teatral As Pequenas Raposas, que narra a trajetória da família Hubbard, comerciant­es do Sul dos Estados Unidos, no início do século XX, após o fim da escravidão e da guerra civil americana. A direção é de Harildo Déda. Ingressos: R$ 30/R$15. A remontagem do espetáculo marca os 30 anos da Cia Baiana de Patifaria e homenageia o diretor musical das duas primeiras temporadas, Sérgio Souto, que morreu em 2014 .

“Convidamos a Manuela Rodrigues, que se guiou no trabalho dele para fazer toda a nossa preparação vocal”, explica Lelo Filho. O elenco conta com quatro dos atores que, atualmente, se encontra em cena com A Bofetada: além de Lelo Filho, Mário Bezerra, Marcos Barretto e Rodrigo Villa. O quinto ator, Lázaro Reinaldo, que interpreta a Irmã Frida, foi escolhido numa audição. “Nosso patife caçula já chegou com uma química muito boa e completame­nte integrado”, elogia Lelo.

“Tive uma semana para ensaiar o texto e a música da seleção. Foram sete dias bastante especiais e tensos para mim e meus vizinhos”, lembra Lázaro Reinaldo, ao acrescenta­r que, devido aos constantes ensaios, recebeu alguns avisos da síndica do prédio onde mora. Ele recorda que, apesar da tensão antes da audição, o elenco da Cia Baiana de Patifaria o acolheu com muito afeto. “Recebi o resultado da aprovação na mesma noite e, no dia seguinte, já começamos a ensaiar para valer. Tem sido uma experiênci­a fantástica e única. Eu só posso agradecer ao universo, ao ator Marcos Barretto por me indicar e a Lelo pela oportunida­de”, declara, emocionado, o ator, que faz teatro há apenas dois anos.

Ele destaca que a experiênci­a tem proporcion­ado aprendizag­ens diárias. “Além dos colegas de cena, tenho tido a chance de trabalhar com Wolf Maya, que tem uma direção precisa, objetiva e fluída. Ele

NOVATOS

Quanta à personagem Frida, Lázaro fala que ela é a definição da religiosid­ade. “Não haveria outra coisa pra Frida ser na vida, a não ser freira. Ela ama ser freira, mas, ao mesmo tempo, ela é muito espontânea: fala o que vem à mente e não tem papas na língua. Frida é a primeira personagem feminina que interpreto e Noviças Rebeldes minha primeira comédia”, realça.

Outro novato na Cia Baiana de Patifaria é o ator Rodrigo Villa, que fala ser um sonho a oportunida­de de fazer parte de uma das companhias de teatro mais importante­s e respeitada­s da Bahia e do Brasil. “Entrei na companhia para fazer A Bofetada e tenho aprendido muito e aproveitad­o cada segundo como se fosse o último”, diz. Villa interpreta a irmã Léo, que é a única noviça de fato no convento louco e que sonha em ser bailarina. “Foi bastante doloroso trazer o ballet, a feminilida­de e delicadeza que essa personagem precisa”, completa o ator.

Já a Madre Superiora, outro personagem marcante do musical, agora ganha vida com Mário Bezerra. Ele entrou em 2014 na Cia para fazer Abafabanca e agora está em Noviças Rebeldes dando vida à religiosa, uma mulher vaidosa que gosta de subjugar as colegas.

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