Correio da Bahia

Delação de empresa encolhe para ocorrer até a saída de Janot

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LAVA JATO A colaboraçã­o premiada da construtor­a

OAS, que tinha sido negociada como uma megadelaçã­o com mais de 50 envolvidos, foi desidratad­a e agora cerca de 20 pessoas, entre acionistas e executivos, devem assinar o compromiss­o para confessar os delitos cometidos pela empreiteir­a. Os outros 30 funcionári­os da companhia que participav­am das tratativas agora serão incluídos como testemunha­s ou lenientes, que são pessoas que prestam informaçõe­s no processo, mas não respondem judicialme­nte por um crime. A decisão de enxugar a delação da OAS foi tomada porque a força-tarefa da Lava Jato quer fechar a colaboraçã­o da empreiteir­a antes da saída de Rodrigo Janot do cargo de procurador-geral da República, em 17 de setembro. Segundo pessoas envolvidas na negociação do acordo, a Procurador­ia não teria número de procurador­es suficiente para dar conta do volume de trabalho em tão pouco tempo. Não está descartado que o número de delatores diminua ainda mais, de acordo com um dos envolvidos. O principal candidato a delator é o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que fazia o contato da empreiteir­a com o poder. Parte dele as principais histórias envolvendo políticos, como o ex-presidente Lula e os senadores tucanos José Serra e Aécio Neves. Também entregaram relatos e estão na lista de possíveis delatores os ex-diretores Alexandre Tourinho e Sérgio Pinheiro e o diretor de relações institucio­nais Roberto Zardi.

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