Ex-jogador Edilson é notificado sobre bloqueio parcial de bens
DÍVIDAS TRABALHISTAS O ex-jogador Edilson Silva Ferreira, preso anteontem por não pagar pensão alimentícia, tem outro problema na Justiça com cifras milionárias. Edilson teve bens bloqueados a pedido do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em função de dívidas trabalhistas. O valor é estimado entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, segundo o TRT. O diretor da Coordenadoria de Execução do Tribunal, Rogério Fagundes, explica que a penhora foi de alguns imóveis para garantir o pagamento de ações judiciais. “Há entre 20 e 30 processos que ele está envolvido, relacionados a dívidas trabalhistas de grupos de pagode e casas de show que ele já teve. Esses bens foram bloqueados por garantia processual. Identificou-se que ele passava bens para outros familiares para evitar a penhora”, afirmou Rogério. No dia da prisão do ex-jogador, o diretor fez a notificação de Edilson sobre o processo na carceragem da Polinter, no Complexo dos Barris. Os processos, segundo o TRT, estão em andamento desde 2011. “Ele foi notificado para comparecer à audiência no dia 14 de setembro que tratará sobre esses casos. É uma oportunidade que ele terá de se defender e apresentar seus argumentos. Há outros sócios envolvidos e isso precisa ser esclarecido”, destacou Rogério. Não há nenhum advogado representando o ex-atleta nesse caso trabalhista. O ex-jogador, que já defendeu a dupla Ba-Vi e foi campeão mundial com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002, continuava preso ontem, na sede da Polinter. O advogado de Edilson no caso da pensão alimentícia, Eduardo Lima, explicou ao CORREIO que precisa ajustar com a família do ex-jogador como irá proceder com o pagamento da fiança, que é de cerca de R$ 20 mil. “A família está com dificuldades de levantar os valores. Estamos vendo como proceder ainda”, esclareceu. O valor do débito atual não foi divulgado. O mandado de prisão de Edilson foi expedido pela 2ª Vara da Família em Brasília (DF) por conta do não pagamento da pensão alimentícia para um filho do ex-atleta. Edilson já foi preso pelo mesmo motivo em outras duas ocasiões: em 2016, em Brasília, por conta de uma dívida que chegava a R$ 430 mil; e em 2014, em cumprimento de dois mandados expedidos pela Justiça do Distrito Federal. Na época, a prisão foi feita enquanto Edilson passava pela Avenida Garibaldi, em Salvador, e levado também para a sede da Polinter. O ex-jogador também foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes em pagamentos de prêmios das loterias da Caixa Econômica Federal. Ele foi conduzido coercitivamente, mas não ficou preso.